sábado, 1 de maio de 2010

Chocolate pode ser bom remédio para doentes hepáticos, diz estudo

Alimento combateu aumento da pressão arterial no abdome.
Experiência mostra, porém, que apenas o chocolate amargo tem esse efeito

O chocolate amargo, rico em cacau, poderá no futuro ser prescrito às pessoas com cirrose hepática, seguindo a mais recente pesquisa para demonstrar os possíveis benefícios do chocolate à saúde.

Pesquisadores espanhóis disseram nesta quinta-feira (15) que comer chocolate amargo combateu o habitual aumento da pressão arterial no abdome, capaz de atingir níveis perigosos em pacientes com cirrose e, em diversos casos, levar ao rompimento de vasos sanguíneos.



Estudo feito com 21 pacientes mostrou que quem comeu chocolate amargo com 85% de cacau apresentou menos pressão arterial no fígado em relação aos que comeram chocolate branco. (Foto: John Loo/Flickr - Creative Commons by 2.0)

Acredita-se que os antioxidantes chamados flavonóis encontrados no cacau sejam o motivo pelo qual o chocolate é bom para a pressão arterial porque essas substâncias químicas ajudam a relaxar e a aumentar as células do músculo liso dos vasos sanguíneos.

Um estudo com 21 pacientes com doença hepática terminal verificou que os que recebiam uma refeição contendo chocolate amargo com 85 por cento de cacau apresentavam marcadamente menor pressão arterial no fígado –- a chamada hipertensão portal -- em relação aos os que recebiam chocolate branco.

"Esse estudo mostra uma associação clara entre comer chocolate amargo e hipertensão portal (menor) e demonstra a importância potencial de melhorias no controle de pacientes cirróticos", disse Mark Thursz, professor de hepatologia no Imperial College, de Londres.

Os resultados foram apresentados no encontro anual da Associação Europeia para o Estudo do Fígado em Viena e seguem-se a uma série de estudos científicos sugerindo que o chocolate amargo também promove a saúde do coração.

Cirrose é a cicatrização do fígado resultante de uma lesão no longo prazo. Ela é causada por diversos fatores, incluindo hepatite e abuso de álcool.

Fonte: g1.globo.com

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