sexta-feira, 30 de abril de 2010
Estresse
Pode ser definido como (a) a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio-ambiente e (b) o desgaste físico e mental causado por esse processo.
Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, estômago perturbado, insatisfação no trabalho, moral baixo, depressão e ansiedade.
Estresse pode ter influência nos seguintes problemas:
Dor de cabeça
Dificuldade para dormir
Constipação
Diarréia
Irritabilidade
Falta de energia
Falta de concentração
Comer demais ou não comer
Raiva
Tristeza
Maior risco de acessos de asma e artrite
Tensão
Cólica estomacal
Inchaço do estômago
Problemas de pele, como urticária
Depressão
Ansiedade
Ganho ou perda de peso
Problemas no coração
Pressão alta
Síndrome do intestino irritado
Diabetes
Dor nas costas e/ou pescoço
Menor apetite sexual
Dificuldade de engravidar
Sistema complemento
Embolia pulmonar
A embolia pulmonar é uma condição grave, que pode causar:
* Dano permanente ao pulmão devido à falta de fluxo sangüíneo no tecido pulmonar.
* Baixos níveis de oxigênio no sangue.
* Danos a outros órgãos do corpo por falta de oxigênio.
* Se o coágulo for muito grande, ou se houver vários coágulos, embolia pulmonar pode causar morte.
Causas da embolia pulmonar
De cada dez casos de embolia pulmonar, nove começam com um coágulo nas veias profundas da perna, uma condição chamada de trombose venosa profunda. O coágulo é liberado da veia e viaja pela corrente sanguínea até os pulmões, onde pode bloquear uma artéria.
Coágulos nas pernas podem se formar quando o fluxo sanguíneo é restringido e diminui. Isso pode acontecer se a pessoa não se mover por muito tempo, como quando:
* Depois de algumas cirurgias.
* Durante longas viagens de carro ou avião.
* Se ficar na cama por um período longo de tempo
Os sinais e sintomas da embolia pulmonar incluem perda de fôlego sem explicação, dificuldade de respirar, dor no peito, tosse ou tosse com sangue. Arritmia (batimento cardíaco rápido e irregular) também pode indicar embolia pulmonar.
Em alguns casos, os únicos sinais e sintomas são aqueles relacionados à trombose venosa profunda, os quais incluem: inchaço da perna ou ao longo da veia na perna, dor ou sensibilidade na perna, sensação de calor na área da perna com inchaço ou sensibilidade, e pele vermelha ou descolorada na perna afetada. Também é possível ter embolia pulmonar sem apresentar nenhum sinal ou sintoma.
Tratamento da embolia pulmonarOs objetivos principais do tratamento da embolia pulmonar são:
* Impedir que o coágulo sanguíneo cresça.
* Impedir a formação de novos coágulos
O tratamento pode incluir remédios para afinar o sangue e diminuir sua propensão a coagular. Se os sintomas ameaçaram a vida, o médico pode dar ao paciente remédios para dissolver o coágulo mais rapidamente. Em ocasiões raras, o médico pode usar cirurgia ou algum outro procedimento para remover o coágulo.
Fases da cicatrização
A fase de substrução, inflamatória ou exsudação, dura de 1 a 4 dias. Tem esse nome porque é nesta etapa que se prepara o terreno, ou cimentação para uma cicatrização ideal. Sua duração ou características depende da extensão da ferida e da natureza do agente vulnerante. Quanto mais intensa seja a reação inflamatória mais longa será a fase de substrução, já que esta é seguida de uma exsudação, que gera demolição e reabsorção das partículas desvitalizadas e estranhas. Requer, portanto, não só uma reação hemostática, para deter a saída de sangue dos vasos, como também celular, que através dos leucócitos, linfócitos, macrófagos, etc., ocasionam a limpeza da ferida.
A fase de proliferação compreende um período entre 5 e 20 dias, embora, na realidade, pode durar meses; caracteriza-se pelo aparecimento do tecido conectivo ou conjuntivo - cola ou cimento da ferida - composto principalmente por uma proteína que recebe o nome de colágeno. O colágeno é produzido pelas células fibroblastos, cuja estrutura lembra o entrelaçado de uma corda: finos cordões compostos de meadas que, vão se decompondo até chegar a um fio elementar, é a cadeia polipectídea. O colágeno proporciona resistência e tensão à ferida, retraindo-a e diminuindo sua superfície. Nesta etapa, também ocorre a epitezação, ou revestimento, da superfície da ferida, graças à migração, ou neoformação, de células do epitélio circundante.
A ultima fase, de amadurecimento ou remodelação, começa a partir do 21º dia e dura meses; assim, depois de 3 meses a ferida ainda não recobrou totalmente sua original resistência à tensão. O amadurecimento se torna evidente na mudança de cor que a cicatriz experimenta, passa do vermelho ao rosa e deste, ao branco nacarado.
Fonte: clinicaarquero.com
domingo, 25 de abril de 2010
Linfonodo Sentinela - Melanoma
MELANOMA CUTÂNEO
O melanoma cutâneo (MC) apresenta alta letalidade e sua incidência vem aumentando em todo o mundo nos últimos 50 anos. Cerca de 90% dos mesmos são diagnosticados clinicamente, e está aumentando, por ocasião do diagnóstico, a percentagem dos pacientes com doença localizada (1,2). Na maioria das vezes os linfonodos são o primeiro sítio de disseminação do MC (3). Trata-se de uma disseminação linfonodal randômica de tal forma que nem sempre o linfonodo mais próximo do tumor é o primeiro a ser comprometido, porém, a progressão do melanoma segue uma ordem (4). A biópsia de linfonodo sentinela (BLS) é, sem dúvida, um dos mais importantes avanços da cirurgia oncológica atual. O racional desta técnica se baseia no conceito do linfonodo sentinela (LS) como sendo o primeiro linfonodo para o qual drena o tumor primário (conceito anatômico e funcional). Já melhor estabelecida para a abordagem do melanoma cutâneo localizado, a biópsia de LS já esta sendo aplicada para outros tumores de disseminação inicial preferencialmente por via linfática, como o adenocarcinoma de mama, os carcinomas de cabeça e pescoço, de pênis e de vulva. A BLS está indicada para os pacientes portadores de melanoma cutâneo com doença localizada, ou seja, sem evidência clínica de metástase tanto loco-regional como à distância. Está ainda reservada aos pacientes cuja lesão primária indique risco de ocorrência de metástase linfonodal, ou seja, com melanoma de espessura de Breslow maior que 0,76 mm ou apresente outros achados anátomo-patológicos de risco tais como: Clark IV, ulceração, sinais importantes de regressão, alto índice mitótico (acima de 6 mitoses/mm2), fase de crescimento vertical e invasão linfática (5,6,7). Embora não esteja rotineiramente indicada para pacientes portadores de melanoma com Breslow acima de 4 mm, vários autores tem indicado a BLS para estes pacientes, observando que mesmo neste subgrupo existe uma pior sobrevida para os pacientes com LS comprometido, podendo aquele procedimento orientar terapia adjuvante e linfadenectomia.(8). Sob o ponto de vista da prática clínica atual, o procedimento de BLS põe fim à grande controvérsia entre realizar linfadenectomia eletiva ou apenas observar os pacientes. Surge outro conceito de linfadenectomia, ou seja a linfadenectoma seletiva, aquela realizada para os pacientes onde o LS se mostrou comprometido (9). A BLS define quais pacientes são canditados apropriados para linfadenectomia completa (aqueles com doença no LS) reservando para seguimento os pacientes com LS sem doença. Compreende 3 etapas fundamentais: a) linfocintilografia pré-operatória (LPO); b) biópsia do LS propriamente dita (utilizando mapeamento linfático com corante vital e detecção gama intra-operatória) e c) exame do LS.Consumo de dois ou mais refrigerantes adocicados por semana pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer no pâncreas, segundo dados do Singapore
Uma análise prospectiva foi realizada para examinar a associação entre o consumo de refrigerantes adocicados e sucos de frutas e sua relação com o aumento do risco de câncer1 pancreático em 60.524 participantes do estudo Singapore Chinese Health Study.
Os resultados mostraram que as pessoas que consomem mais de 2 refrigerantes por semana apresentam estatisticamente um risco significativamente mais elevado de desenvolver câncer1 de pâncreas2, comparadas àquelas que não consomem refrigerantes. Não houve associação observada entre o consumo de sucos de frutas e riscos para este tumor3.
Fonte: Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, volume 19, de fevereiro de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Granuloma de células gigantes
O Granuloma periférico de células gigantes é um crescimento pediculado e de superfície lisa, com coloração levemente mais escura que tecido adjacente e algumas vezes lobulado. A lesão está normalmente limitada à gengiva e pode estender-se às áreas sem dentes.
Características clínicas:
Proliferação tecidual em mucosas, principalmente no rebordo alveolar
Superfície íntegra ou ulcerada
Coloração um pouco mais escura que o tecido adjacente (coloração roxa ou vinho)
Pouco sangrante ao toque
Pode ser um distúrbio local de cicatrização ou a manifestação de uma doença sistêmica.
O granuloma central de células gigantes (Central giant cell granuloma - CGCG) é considerado uma lesão intra-óssea não benigna. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o granuloma central de células gigantes é uma lesão intra-óssea formada por tecido fibroso celular que contém múltiplos focos de hemorragia, agregação de células gigantes multinucleadas e, ocasionalmente, trabeculado de osso imaturo. CGCG é uma lesão incomum, uma vez que corresponde a menos que 7% de todas as lesões benignas dos maxilares. Mais de 60% dos casos ocorrem em pacientes com menos de 30 anos de idade, é mais freqüente em mulheres do que em homens. A relação entre mandíbula e maxila tem sido verificada em uma proporção de 2:1, e a porção anterior da mandíbula, é o local mais comum para o seu desenvolvimento. Esta lesão é normalmente assintomática e pode ser diagnosticada através de exames radiográficos de rotina ou de uma expansão indolor do osso afetado. Em relação ao comportamento clínico e aspectos radiográficos, o granuloma central de células gigantes pode ser classificado como:
lesões não agressivas caracterizam-se por crescimento lento, geralmente assintomático, sem perfurar corticais ou induzir reabsorção radicular,apresentando baixa taxa de recorrência.
lesões agressivas caracterizam-se por dor, crescimento rápido, expansão e perfuração das corticais, reabsorção radicular e alta incidência à recorrência. Mais encontrada em pacientes jovens
A depilação a laser pode prejudicar a saúde humana?
Na pele, essa energia luminosa é absorvida por estruturas-alvo e convertida em energia térmica. No caso do pelo, a melanina – pigmento que dá a cor à pele, aos pelos e aos cabelos – é a estrutura-alvo (cromatóforo) onde a energia luminosa se converte em energia térmica. É por isso, aliás, que os pelos claros não respondem tão bem a essa terapia quanto os pelos escuros.
Os efeitos indesejáveis desse tipo de tratamento decorrem do calor liberadoOs efeitos indesejáveis desse tipo de tratamento decorrem do calor liberado. Não há, porém, caráter cumulativo dessa irradiação. Isso é diferente do que ocorre com a radiação ultravioleta emitida pelo Sol e por outras fontes luminosas. É esse tipo de luz que está envolvido com o processo de envelhecimento e com os cânceres cutâneos. Assim, não há risco no contato cumulativo com o laser utilizado na depilação.
Silvane Soares
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Biofilmes
sexta-feira, 16 de abril de 2010
CÂNCER DE PELE
Por ser visível pode ser diagnosticado e tratado em fase precoce, o que torna a cura possível na maioria dos casos.
Quais os tipos de câncer de pele?
São divididos em três tipos principais:
Carcinoma Basocelular - É o mais freqüente e menos agressivo. Consiste em pequeno nódulo (cor rósea) que cresce lentamente, até virar uma ferida de difícil cicatrização (uma das características do câncer de pele).
Carcinoma Espinocelular - Mais agressivo que o primeiro, cresce mais rápido e se ulcera precocemente, iniciando-se como uma crosta ou pequena ferida.
Melanoma Maligno - É o tipo mais grave, porém o menos freqüente. Suas lesões podem "enraizar", espalhando-se para outras partes do corpo através do sangue e da linfa, atingindo órgãos vitais.
Como identificar os sintomas?
Ferida, sem causa aparente, que não cicatriza
Pinta, ou sinal de nascença que sofreu alteração no tamanho, cor e aspecto, acompanhado de coceira, dor ou sangramento
Para sua segurança, tendo ou não câncer de pele, procure um dermatologista para exames periódicos. Notando alteração, consulte-o imediatamente.
Os sinais (pintas) precisam ser removidos?
Sinais são muito comuns e só são removidos quando se encontram em locais onde causem irritação (virilha, próximo à alça do sutiã, etc.). Sinais nas palmas das mãos, solas dos pés ou genitália tem mais chances de se transformar em melanoma maligno e são observados com maior atenção pelo dermatologista.
Fatores de Risco
Os fatores de risco não são a causa do problema, mas aumentam as chances da pessoa desenvolver a doença. São eles:
Hereditariedade - O risco aumenta se já houve casos de câncer em parentes de primeiro grau.
Sol - 90% dos casos estão relacionados à exposição excessiva aos raios nocivos do sol (ultravioletas) e seus efeitos cumulativos.
Peles claras e/ou com grande quantidade de sardas ou pintas - Por estatística estão mais sujeitas ao câncer de pele.
Imunossupressores - Pessoas que foram tratadas com medicamentos que diminuem a resistência do organismo têm maior risco para melanoma.
Tatuagem, verruga e hemangioma podem virar câncer?
Não. Nenhum deles se transforma em câncer. Verrugas e hemangiomas em geral são benignos, não crescem e só são removidos por razões estéticas ou quando se encontram em áreas de fácil irritação. Quanto às tatuagens, se elas coçarem ou formarem bolhas ao redor, procure um dermatologista.
Quais os tratamentos mais utilizados para o câncer de pele?
Cirurgia - O câncer é removido completamente na biópsia.
Criocirurgia - Resfriamento das lesões com nitrogênio líquido.
Eletrocirurgia ou curetagem - Remoção do tumor com corrente elétrica de alta freqüência.
Radioterapia - Utilizada nas áreas mais difíceis de tratar com cirur4, como pálpebra, nariz, orelhas; também é utilizada em pacientes que não têm condições clínicas mínimas para serem operados ou para aliviar sintomas de câncer que se espalhou para outros órgãos.
Quimioterapia - Aplicada na corrente sangüínea, diretamente no local lesionado, geralmente braços ou pernas.
Que exames são feitos após o diagnóstico de câncer de pele?
Para verificar se o câncer penetrou na pele e tecidos subcutâneos, se cresceu ou se espalhou para outros órgãos, seu médico poderá fazer um exame físico completo, pedir uma radiografia de tórax, exame de sangue e testes hepáticos. Com o resultado da biópsia, será determinado o estádio do câncer (classificação de Breslow) e o nível anatômico do tumor (classificação de Clark).
Quais as opções de tratamento?
Evite o sol das 10h - 15h (raios ultravioleta)
Use sempre bloqueador solar com fator de proteção (FPS) 15, no mínimo, reaplicando depois de nadar ou transpirar
Use óculos de sol escuros para proteger os olhos e pálpebras
Baton ou creme labial com bloqueador solar para proteger os lábios
Com crianças o cuidado deve ser redobrado: horário correto, uso de protetor solar, chapéus e camisetas. Quando próximas à água, devem ficar na sombra durante a maior parte do tempo.
O bronzeamento artificial (cabines de bronzeamento) produz radiação ultravioleta, causando os mesmos efeitos nocivos dos raios solares, se utilizado em excesso.
Conheça o ABCD do melanoma:
Assimetria, uma metade diferente da outra.
Bordas irregulares, contornos mal definidos.
Cor variável, várias cores numa mesma lesão.
Diâmetro, maior que 6 milímetros.
HEPATITE B
sábado, 3 de abril de 2010
AZIA
Sinônimos e nomes populares
Esofagite de refluxo, hérnia de hiato, azia e refluxo.
O que é?
É um conjunto de queixas que acompanha alterações no esôfago resultantes do refluxo (retorno) anormal do conteúdo estomacal para o esôfago. Náuseas e vômitos não costumam ocorrer.
Como se desenvolve ou como se adquire?
O esôfago do adulto é um canal de 35 a 40 cm, que liga a boca ao estômago.
Ele é elástico e na espessura de sua parede contem camadas musculares recobertas internamente por uma delicada pele com o nome de mucosa, parecida com o revestimento da boca.
O início do esôfago fixa-se na parte inferior da garganta, desce pelo mediastino e cruza o diafragma através de um orifício chamado hiato, poucos centímetros antes de se abrir no estômago. O mediastino é a região entre os dois pulmões e o diafragma é uma calota muscular que divide o tórax do abdome.
O esôfago tem ligamentos para prendê-lo junto ao hiato diafragmático e que contribuem para formar um tipo de válvula de retenção para impedir o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Quando o esôfago desliza para cima mais que 2 a 3 cm., puxa o estômago e ambas as estruturas se deslocam para o tórax. Decorre dessa alteração anatômica a Hérnia Hiatal que, por sua vez, prejudica a válvula anti-refluxo.
Quando o conteúdo do estômago, em geral muito ácido, atinge a mucosa esofágica, este tecido reage - inflama - originando a Esofagite de Refluxo.
O que se sente?
A azia é a principal queixa e seu nome técnico é pirose. Pode piorar, por exemplo, quando se dobra o peito sobre a barriga e quando se deita com o estômago cheio. É referida como ardência ou queimação, em algum ponto entre a "boca do estômago" e o queixo, correndo por trás do esterno, o "osso do peito". A azia pode ser tão intensa como uma dor no peito, causando impressão de infarto cardíaco. Pode ocorrer também um aumento da salivação, a sialorréia, que é um reflexo natural porque a deglutição dessa saliva alivia a queimação, como se fosse um antiácido natural.
O refluxo é a percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjôo ou vômito, freqüentemente, com azedume ou amargor. Não raro determina tosse, pigarro e alterações da voz. O engasgo - tosse forte e súbita, atrapalhando a respiração - pode despertar do sono e representar uma situação de refluxo gastro-esofágico. A ocorrência de falta de ar com chiado ou miado no peito, como a asma, pode ser desencadeada pelo refluxo.
Sensações, desde bola na garganta e desconforto ao engolir até fortes dores em aperto - espasmos - no meio do peito, representam uma desorganização das contrações faringo-esofágicas responsáveis por levarem ao estômago aquilo que ingerimos. Esses sintomas são considerados complicações do refluxo e levam o nome geral de dismotricidade esofágica.
Na criança, ainda no primeiro ano de vida, pode ocorrer um refluxo gastro-esofágico excessivo, levando à devolução da mamada, a engasgos, a choro excessivo, a sono interrompido e quando repetitivo, predispõe a infecções e distúrbios respiratórios.
Como o médico faz o diagnóstico?
O relato do paciente adulto jovem pode levar ao diagnóstico, sem necessidade de exames num primeiro evento.
A radiografia da transição esofagogástrica, enquanto se deglute um contraste rádio-opaco, pode demonstrar tanto a hérnia, quanto o refluxo.
A Endoscopia Digestiva Superior é um exame para visualizar o esôfago, estômago e duodeno, passando um fino feixe de fibras óticas através da boca.
A evolução da qualidade dos equipamentos, da eficiência da anestesia local da garganta para evitar o reflexo do vômito e a sensação de asfixia, a eficácia e a segurança da sedação do paciente sem anestesia geral, tornaram a endoscopia um exame simplificado, do qual se acorda, não raro, perguntando quando vai ocorrer. Além disto, pode ser repetida para controle de resultado de tratamento e, mais recentemente, para procedimentos terapêuticos especiais.
Uma tela recebe e amplifica com nitidez as imagens das áreas sob inspeção direta, permitindo também fotos e filmes para reexaminar os achados. Pode mostrar a incompetência da válvula de retenção gastro-esofágica e a hérnia. O mais importante é que permite ver manchas vermelhas, placas branquicentas e úlceras, principalmente na mucosa do esôfago inferior, sugestivas de graus variados da Esofagite de Refluxo.
A endoscopia facilita a coleta de material destas lesões para exame microscópico, no qual se pode definir a inflamação, avaliar um potencial cancerígeno e até diagnosticar o câncer.
A Cintilografia do trânsito esôfago-gástrico é um método que tem sido usado mais na criança. Administra-se uma mamadeira normal, contendo uma quantidade inofensiva de substância radioativa. A cintilografia capta e registra imagens da radioatividade descendo para o estômago ou do estômago refluindo para o esôfago. É uma metodologia não invasiva, indolor e ambulatorial. Entretanto, pode não flagrar o refluxo, pois este não é permanente.
O estudo da pressão interna ao longo do esôfago (Manometria) e a verificação do refluxo da acidez do estômago para o esôfago (pHmetria de 24 horas) detectam variações naturais e anormalidades capazes de diagnosticar a DRGE. São métodos que chegaram à rotina clínica há relativamente poucos anos. Precisam ser usados quando os demais tem resultados insatisfatórios e para estudar parâmetros antes e depois do eventual tratamento cirúrgico da doença do refluxo.
Como se trata?
Em geral, o tratamento é clínico, com medidas educativas associadas aos medicamentos. A vídeo-laparoscopia vem facilitando o método cirúrgico, aplicado a casos selecionados, com resultados muito bons.
Além de combater a obesidade, é importante evitar grandes volumes às refeições e de deitar nas primeiras duas horas seguintes. Algumas pessoas beneficiam-se de dormir numa cama elevada pelos pés da cabeceira, em 20 a 25 cm. Outras, não se adaptam à posição: incham os pés, doem as costas, etc. Há controvérsias sobre restrição de diversos alimentos, particularmente, cítricos, doces e gordurosos. Ajudam no controle dos sintomas, algumas medidas, como: evitar a bebida alcoólica, não deglutir líquidos muito quentes, ingerir um mínimo de líquidos durante ou logo após as refeições, evitar a ingestão de chá preto e café puro com estômago vazio.
Os medicamentos mais usados são os que diminuem o grau da acidez já lançada no estômago (os populares antiácidos) e aqueles que inibem a produção de ácido pelas células do estômago ("antiácidos sistêmicos"). Outros remédios de um grupo chamado de pró-cinéticos destinam-se a facilitar o esvaziamento do conteúdo estomacal em direção ao intestino, minimizando a quantidade capaz de refluir para o esôfago.
Uma queixa importante dos pacientes é a recidiva dos sintomas, particularmente da azia, poucos dias após o término dos medicamentos. Nesse momento, surge o questionamento do tratamento por tempo indeterminado ou do tratamento cirúrgico.
Vale dizer que o tratamento clínico combate muito bem os sintomas, mas não modifica a hérnia hiatal e poucas vezes muda o refluxo gastro-esofágico, propriamente dito.
Como se previne?
Na prática clínica há a prevenção da recidiva dos sintomas, que se resume no seguimento das medidas ditas educativas instituídas quando do primeiro tratamento.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Para que serve o tratamento?
Devo tomar os remédios mesmo quando estiver bem? E se estiver bem há muito tempo?
Se eu parar de tomar os remédios, os sintomas vão voltar?
O que faço quando acabar a receita?
A doença tem cura?
Vou precisar repetir exames? De quanto em quanto tempo?
O que faço se os sintomas piorarem durante o tratamento?
Posso precisar de cirurgia? Se operar vou ficar curado? A doença pode voltar?
Devo mudar algo na minha alimentação ou hábitos de vida por causa dessa doença?Artrose
A artrose (artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações) é uma pertubação crónica das articulações caracterizada pela degenerescência da cartilagem e do osso adjacente, que pode causar dor articular e rigidez.
A artrose, a perturbação articular mais frequente, afecta em algum grau muitas pessoas por volta dos 70 anos de idade, tanto homens como mulheres. Contudo, a doença tende a desenvolver-se nos homens numa idade mais precoce. A artrose também pode aparecer em quase todos os vertebrados, inclusive peixes, anfíbios e aves. Os animais aquáticos como os golfinhos e as baleias podem sofrer de artrose, contudo, esta não afecta nenhum dos tipos de animais que permanecem pendurados com a cabeça para baixo, os morcegos e as preguiças. A doença está tão amplamente difundida no reino animal que alguns médicos pensam que pode ter evoluído a partir de um antigo método de reparação da cartilagem.
Persistem ainda muitos mitos sobre a artrose, por exemplo que é um traço inevitável de envelhecimento, como os cabelos grisalhos e as alterações na pele; que conduz a incapacidades mínimas e que o seu tratamento não é eficaz. Embora a artrose seja mais frequente em pessoas de idade, a sua causa não é a simples deterioração que implica o envelhecimento. A maioria dos afectados por esta doença, especialmente os mais jovens, apresentam poucos sintomas ou nenhum; contudo, algumas pessoas adultas desenvolvem incapacidades significativas.
Artrose da coluna vertebral
Os círculos indicam as articulações mais frequentemente afectadas pela artrose a nível da coluna vertebral (cervical e lombar), das mãos, dos pés, das ancas e dos joelhos.
Causas
As articulações têm um nível tão pequeno de fricção que não se desgastam, salvo se forem excessivamente utilizadas ou danificadas. É provável que a artrose se inicie com uma anomalia das células que sintetizam os componentes da cartilagem, como o colagénio (uma proteína resistente e fibrosa do tecido conjuntivo) e os proteoglicanos (substâncias que dão elasticidade à cartilagem). A cartilagem pode crescer demasiado, mas finalmente torna-se mais fina e surgem gretas na sua superfície. Formam-se cavidades diminutas que enfraquecem a medula do osso, debaixo da cartilagem. Pode haver um crescimento excessivo do osso nos bordos da articulação, formando tumefacções (osteófitos) que podem ver-se e sentir-se ao tacto. Estas tumefacções podem interferir no funcionamento normal da articulação e causar dor.
Por fim, a superfície lisa e regular da cartilagem torna-se áspera e esburacada, impedindo que a articulação se possa mover com facilidade. Produz-se uma alteração da articulação pela deterioração de todos os seus componentes, quer dizer, o osso, a cápsula articular (tecidos que envolvem algumas articulações), a membrana sinovial (tecido que reveste a articulação), os tendões e a cartilagem.
Existem duas classificações da artrose; primária (idiopática), quando a causa é desconhecida, e secundária, quando a causa é outra doença, como a de Paget, uma infecção, uma deformidade, uma ferida ou o uso excessivo da articulação. São especialmente vulneráveis os indivíduos que forçam as suas articulações de forma reiterada, como os operários de uma fundição ou de uma mina de carvão e os condutores de autocarros. Contudo, os corredores profissionais de maratona não têm um maior risco de desenvolvimento desta perturbação. Embora não exista uma evidência concludente a esse respeito, é possível que a obesidade seja um factor importante no desenvolvimento da artrose.
Sintomas
Ao chegar aos 40 anos de idade, muitas pessoas manifestam sinais de artrose nas radiografias, especialmente nas articulações que sustentam o peso (como a anca), mas relativamente poucas apresentam sintomas.
Em geral, os sintomas desenvolvem-se gradualmente e afectam inicialmente uma ou várias articulações (as dos dedos, a base dos polegares, o pescoço, a zona lombar, o dedo grande do pé, a anca e os joelhos). A dor é o primeiro sintoma, que aumenta em geral com a prática de exercício. Em alguns casos, a articulação pode estar rígida depois de dormir ou de qualquer outra forma de inactividade; contudo, a rigidez costuma desaparecer 30 minutos depois de se iniciar o movimento da articulação.
A articulação pode perder mobilidade e inclusive ficar completamente rígida numa posição incorrecta à medida que piora a lesão provocada pela artrose. O novo crescimento da cartilagem, do osso e outros tecidos pode aumentar o tamanho das articulações. A cartilagem áspera faz com que as articulações ranjam ou crepitem ao mover-se. As protuberâncias ósseas desenvolvem-se com frequência nas articulações das pontas dos dedos (nódulos de Heberden).
Em alguns sítios (como o joelho), os ligamentos que rodeiam e sustentam a articulação distendem-se de tal maneira que esta se torna instável. Tocar ou mover a articulação pode ser muito doloroso.
Em contraste, a anca torna-se rígida, perde o seu raio de acção e provoca dor ao mover-se. A artrose afecta com frequência a coluna vertebral. A dor de costas é o sintoma mais frequente. As articulações lesadas da coluna costumam causar apenas dores leves e rigidez.
Contudo, se o crescimento ósseo comprime os nervos, a artrose do pescoço ou da zona lombar pode causar entorpecimento, sensações estranhas, dor e fraqueza num braço ou numa perna. Em raras ocasiões, a compressão dos vasos sanguíneos que chegam à parte posterior do cérebro origina problemas de visão, sensação de enjoo (vertigem), náuseas e vómitos. Por vezes o crescimento do osso comprime o esófago, dificultando a deglutição.
A artrose segue um desenvolvimento lento na maioria dos casos depois do aparecimento dos sintomas. Muitas pessoas apresentam alguma forma de incapacidade, mas, em certas ocasiões, a degenerescência articular detém-se.
Tratamento
Tanto os exercícios de estiramento como os de fortalecimento e de postura são adequados para manter as cartilagens em bom estado, aumentar a mobilidade de uma articulação e reforçar os músculos circundantes de maneira que possam amortecer melhor os impactos. O exercício deve ser compensado com o repouso das articulações dolorosas; contudo, a imobilização de uma articulação tende mais a agravar a artrose do que a melhorá-la. Os sintomas pioram com o uso de cadeiras, reclinadores, colchões e assentos de automóvel demasiado moles. Recomenda-se o uso de cadeiras com costas direitas, colchões duros ou estrados de madeira por baixo do colchão. Os exercícios específicos para a artrose da coluna vertebral podem ser úteis; contudo, são necessários suportes ortopédicos para as costas em caso de problemas graves. É importante manter as actividades diárias habituais, desempenhar um papel activo e independente dentro da família e continuar a trabalhar.
Também são úteis a fisioterapia e o tratamento com calor local. Para aliviar a dor dos dedos é recomendável, por exemplo, aquecer cera de parafina misturada com óleo mineral a uma temperatura de 48ÞC a 51ÞC, para depois molhar os dedos, ou tomar banhos mornos ou quentes. As talas ou suportes podem proteger articulações específicas durante actividades que gerem dor. Quando a artrose afecta o pescoço, podem ser úteis as massagens realizadas por terapeutas profissionais, a tracção e a aplicação de calor intenso com diatermia ou ultra-sons.
Os medicamentos são o aspecto menos importante do programa global de tratamento. Um analgésio como o paracetamol (acetaminofeno) pode ser suficiente. Um anti-inflamatório não esteróide como a aspirina ou o ibuprofeno pode diminuir a dor e a inflamação. (Ver secção 2, capítulo 13) Se uma articulação se inflama, incha e provoca dor repentinamente, os corticosteróides podem ser directamente injectados nela, embora isto só possa proporcionar alívio a curto prazo.
A cirurgia pode ser útil quando a dor persiste apesar dos outros tratamentos. Algumas articulações, sobretudo a anca e o joelho, podem ser substituídas por uma artificial (prótese) que, em geral, dá bons resultados: melhora a mobilidade e o funcionamento na maioria dos casos e diminui a dor de forma notória. Portanto, quando o movimento se vê limitado, pode considerar-se a possibilidade de uma prótese da articulação.
Quelóide
O que é um quelóide?
Um quelóide é uma cicatriz que se projeta além da superfície da pele. Quando a pele é ferida, as células se multiplicam para preencher o espaço que ficou vazio devido à morte celular.
Quando as células continuam se reproduzindo, mesmo após o preenchimento deste espaço, o resultado é uma cicatriz hipertrófica ou um quelóide.
A cicatriz hipertrófica é uma area lisa, espessa que se restringe ao local da lesão. Esta se reduz após 1 ano ou mais.
Um quelóide, porém, pode se extender muito além do sítio da lesão.
Os quelóides não regridem espontaneamente.
Qual o aspecto de um quelóide?
O quelóide possui uma superfície brilhante, e freqüentemente é arredondado.
Sua cor varia de levemente róseo a vermelho. A sua consistência é endurecida, e sempre se eleva acima da superfície da pele.
Alguns quelóides coçam ou são doloridos.
Quais as regiões que possuem maior tendência ao desenvolvimento de quelóides?
Há algumas regiões do corpo que são consideradas de alto risco para o desenvolvimento de quelóides, como a região central do tórax, dorso, lobos das orelhas, região inferior das pernas e pescoço. Contudo, podem surgir em qualquer local, p. ex. em cicatrizes cirúgicas ou qualquer área que tenha sido furada com fins cosméticos.
Quem possui maior tendência a desenvolver quelóides?
As pessoas de pele mais escura possuem uma tendência maior a desenvolver quelóides que aquelas de pele mais clara. Há outros fatores importantes envolvidos; por exemplo, a presença de um corpo estranho (p.ex. fio de sutura) que favorece a formação de quelóides. Há também uma história familiar positiva em 5-10% dos europeus que desenvolveram quelóides. Assim, mesmo pessoas de pele clara que possuam história familiar devem ser cuidadosas. Os quelóides são raros na infância e na velhice, ocorrendo principalmente entre a puberdade e os 30 anos. As mulheres possuem maior tendência, e os quelóides podem aumentar durante a gravidez.
Uma atitude prudente seria evitar-se qualquer cirurgia eletiva ou a colocacão de piercings em pessoas de pele escura, ou que já desenvolveram quelóides no passado.
Como são tratados os quelóides?
É muito difícil remover completamente quelóides. A retirada cirúrgica, embora pareça atraente, não é uma boa idéia. Este tipo de tratamento resulta muitas vezes no surgimento de um outro quelóide que muitas vezes será maior que aquele presente inicialmente.
Os métodos de tratamento incluem:
Injecões de cortisona
Este tratamento é seguro, as injecões de cortisona realizadas uma vez por mês podem levar a uma reducão significativa do quelóide, especialmente aqueles pequenos e de início recente.
Cirurgia
Como já foi dito, a cirurgia fará apenas com que um novo quelóide se forme.
Cirurgia associada a injeções de hidrocortisona
Este tipo de tratamento é realizado através da injeção de corticóides durante a cicatrização, para evitar a formação de um quelóide no pós-operatório, e durante todo o período de cicatrização. É muito doloroso como tratamento, mas pode eventualmente gerar uma boa resposta. Porém as injeções de hidrocortisona podem ter de ser mantidas por um período de tempo muito grande.
Criocirurgia
O congelamento dos quelóides com nitrogênio líquido pode reduzir os quelóides, tornando-os mais planos. Este método pode manchar a pele, gerando principalmente manchas brancas em pessoas de pele morena.
Compressão
A compressão de quelóides, à longo prazo, pode fazer com que sua consistência torne-se um pouco menos endurecida.
Laser
Os quelóides podem ser tratados com laser. O laser pode reduzir a vermelhidão do quelóide, mas, infelizmente, faz muito pouco ou nada em relação à massa do quelóide.
Fonte: www.derme.org
Celulite
O que é a celulite ?
Inicialmente para conhecer o processo de formação da celulite precisamos ser apresentados ao lipócito, que é a célula de gordura. O lipócito é uma célula que apresenta pequenos vacúolos de gordura distribuídos pelo seu interior. Estes vacúolos são quem recebe o excesso de gordura da alimentação. Com o progressivo aumento da deposição de gordura nos vacúolos, eles vão se aproximando um do outro, e acabam se juntando, aparecendo então um grande vacúolo que ocupa quase toda a célula.
Com a deposição de gordura, a célula toda aumenta de tamanho. O tecido gorduroso que fica embaixo da pele é formado por um grande número de lipócitos. Entre os lipócitos correm os vasos, as artérias que trazem o sangue, oxigênio e nutrientes e as veias e linfáticos que transportam o sangue e os produtos do metabolismo de volta para a circulação num processo contínuo. A quantidade de lipócitos é diferente nas pessoas com tendência à serem magras, que tem menos e nas pessoas com tendência à serem obesas que tem mais.
No tecido gorduroso existem também as fibras, que separam os grupos de lipócitos. É por causa das características destas fibras que as mulheres desenvolvem celulite e os homens não. Nas mulheres as fibras são finas e perpendiculares a pele, ligando a pele ao tecido muscular mais profundo. Nos homens as fibras são mais grossas e se ligam à musculatura de forma oblíqua. Quando aumenta o tamanho do tecido gorduroso na mulher por causa da acumulação de gordura, este tecido se expande em direção à pele e quando o mesmo acontece no homem, as fibras resistem à expansão em direção à pele e dirigem o tecido gorduroso em direção a profundidade, não aparecendo assim as irregularidades da celulite.
O tecido gorduroso aumentado, comprime as veias e linfáticos passando à existir então um edema (inchaço) que aumenta ainda maiso volume do tecido, piorando o processo de celulite. O hormônio feminino dirige mais gordura para regiões preferenciais como o quadril, e alteram a parede das microveias, piorando mais as condições circulatórias e agravando a celulite, em um ciclo vicioso que agora se inicia, e se não tratado tende à perpetuar. Os estágios de celulite vão acontecendo, desde o estágio I quando existe apenas um aumento de volume das células, com um pequeno edema, até estágios mais avançados, onde ocorre uma completa desorganização do tecido gorduroso com aparecimento de nódulos e depressões (buraquinhos).
Os estágios da celulite
A celulite se apresenta em quatro estágios de evolução.
Condição Normal
Na condição normal o tecido gorduroso é ricamente irrigado, as células gordurosas são de tamanho e formas normais. Os vasos são eficientes e tem formato normal.
Estágio 1 da celulite
Acontece um aumento de volume das células do tecido gorduroso na região afetada ocasionado por acúmulo de gordura dentro da célula. Não existe alteração circulatória e dos tecidos de sustentação, apenas uma discreta dilatação das pequenas veias do tecido gorduroso. Não há sinais visíveis na pele e nem dor.
Estágio II da celulite
As células gordurosas ficam um pouco mais cheias de gordura, e as que ficam na parte mais profunda começam a sofrer o mesmo processo. Já aparece um certo grau de fibrose, que se piorar, começa à formar micronódulos na fase seguinte. O aumento do volume das células provoca alteração circulatória por provocar a compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e a linfa (líquido aquoso que banha as células) ficam represados . Ocorre então um maior “inchaço” das células gordurosas e detritos tóxicos, que deveriam ser eliminados, começam a ficar acumulados. Na pele já é possível se observar irregularidades à palpação e ainda não existe dor.
Estágio III da celulite
As células continuam aumentando de volume por causa da contínua aquisição de gordura. Ocorre uma desordenação do tecido e aparecimento dos nódulos que apesar de mais profundos, são vistos como irregularidades na superfície da pele, mesmo sem palpação. Começa a existir uma fibrose, que é o endurecimento do tecido de sustentação (onde estão as fibras) e a circulação fica ainda mais comprometida. Pode aparecer os vasinhos e microvarizes. A pele tem o aspecto parecido com "Casca de Laranja". Ocorre a sensação de peso e cansaço nas pernas (Deve-se lembrar que a celulite é basicamente um problema circulatório, e nesse estágio a circulação no tecido gorduroso já está com problemas).
Estágio IV da celulite
O inchaço desordenado das células gordurosas é acentuado, o tecido de sustentação se torna mais endurecido (fibroesclerose) e a circulação de retorno está muito comprometida. Nesse estágio, a celulite é dura e a pele fica "lustrosa", cheia de depressões, com aspecto acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas, doloridas e a sensação de cansaço está freqüentemente presente, mesmo sem esforço. Aparecem os aspectos anteriores já descritos e surgem os "Black Holes", ou "Buracos Negros", que são regiões de circulação diminuída, representando uma coalizão de vários micronódulos em macronódulos e a presença de significativa fibrose.
LOCALIZAÇÃO DA CELULITE E OS FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DA CELULITE
Localização da celulite
A celulite pode se localizar em várias regiões do corpo. Existe uma predileção pela região glútea, a região lateral da coxa, a face interna e posterior da coxa, o abdômen, a nuca, a parte posterior e lateral dos braços e a face interna dos joelhos. Mas em pessoas predispostas, pode atingir até mesmo os tornozelos.
Fatores que favorecem o aparecimento de Celulite
Herança genética
A herança genética é muito importante na celulite e tem que ser levada em conta. Pode-se herdar diferentes tipos de fatores que predispõe à ela (produção de hormônios, tipo constitucional e até hábitos alimentares). Mas isso não significa que você vai obrigatoriamente desenvolver o problema de celulite. Vamos supor que duas irmãs gêmeas idênticas, com predisposição genética para celulite sejam criadas por famílias diferentes. Uma família se preocupa em manter uma alimentação saudável e em fazer exercícios físicos regulares. A outra não dá importância para esses cuidados. A primeira gêmea tem probabilidade muito menor de desenvolver celulite. Uma pessoa com tendência hereditária para desenvolver celulite, que tenha vida sedentária e hábitos alimentares descuidados, pode ter até mais celulite do que outra com tendência maior, mas que se cuida.
Fatores hormonais
Os hormônios femininos mesmo normais tem um papel importante no aparecimento da celulite. São os hormônios femininos que determinam onde a gordura será depositada na mulher, é ele que dá a característica ginóide que favorece a deposição de gordura no quadril e na coxa. O hormônio feminino também tem uma forte e importante ação na parede das veias, facilitando a formação de edema (inchaço). O hormônio também tem um papel na retenção de líquidos que ocorre no final do ciclo menstrual e que pode ter um papel no aparecimento da celulite. Podemos dizer que a celulite depende da deposição de gordura, da ação dos hormônios e das alterações das veias e linfáticos. O papel dos hormônios é determinante e muito forte, isso é comprovado pelo fato de a celulite começar a aparecer na adolescência, quando os hormônios femininos passam à ser secretados pelo organismo.
Alimentação
Comer mais que o necessário, assim como dietas ricas em gorduras ou carbohidratos ou maus hábitos alimentares (Ex: comer muito à noite e não comer de dia) aumentam a síntese e o armazenamento de gorduras, favorecendo a celulite. Tomar pouca água e abusar do sal dificulta a troca de líquidos do organismo favorecendo a retenção de resíduos tóxicos do metabolismo celular (as células funcionam como uma fábrica que produz várias coisas úteis, mas esse trabalho todo produz um lixo- resíduo tóxico- que precisa ser retirado constantemente).
Vida sedentária
A falta de exercícios físicos diminui muito o consumo de energia pelo corpo o que facilita as sobras alimentares que serão transformadas em gordura. Além disso as células perdem a capacidade de produzir energia levando o organismo todo à ser mais apático, devagar. A vida das mulheres de antigamente não tinha as facilidades que existem hoje como transporte fácil, eletrodomésticos, água encanada, etc. Uma mulher há não muitos anos atrás tinha afazeres domésticos que provocavam muito mais exercícios do que hoje, como tirar água do poço, ou andar para fazer sua obrigações, por exemplo. As facilidades modernas tornam obrigatória a realização de alguma atividade física para evitar o sedentarismo que é muito prejudicial para a saúde como um todo e não só para a harmonia corporal.
FORMAS TERAPÊUTICAS CONTRA A CELULITE
Combatendo a celulite
A celulite é uma síndrome clínica que pode ser definida como uma alteração do tecido adiposo subcutâneo que retém líquido e toxinas entre as células, provocando uma alteração circulatória local.
A celulite se manifesta como um processo inflamatório que atinge a camada de gordura abaixo da nossa pele, afetando a circulação de micronutrientes entre as células e a liberação de toxinas provenientes do metabolismo. Externamente ela assemelha-se com uma "casca de laranja".
As causas que a provocam são complexas, de origem multifatorial, mas sabe-se que entre os fatores desencadeantes encontram-se os desequilíbrios hormonais e hábitos alimentares errados, tais com o excesso de álcool, tabagismo e toda a alimentação composta de refinados.
Existem várias formas terapêuticas para seu combate. A tendência moderna é a interação de métodos, entre os quais, a massagem manual que promove a melhora da circulação local, e a drenagem linfática, que atua na circulação periférica eliminado as toxinas provenientes do metabolismo.
A massagem manual deve ser encarada como um tratamento complementar e preventivo, mas apresenta uma vantagem sobre outros métodos: não possui contra indicações e nem efeitos colaterais.
Entretanto, um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada e mais natural, associada a exercícios físicos regulares, são fundamentais para que a celulite se mantenha estável ou controlada e, até mesmo, em casos não muito avançados da doença, possa regredir a níveis imperceptíveis.
CORRIMENTOS VAGINAIS
Lembre-se
A vagina não é completamente seca. Diariamente é produzida uma pequena quantidade de secreção que é muito importante para lubrificar a vagina durante a relação sexual, protegê-la de outras bactérias e ajudar na hora de engravidar.
Esta secreção normal é composta de líquidos, algumas bactérias protetoras (naturais do corpo) e muco cervical (secreção natural da mulher produzida no colo do útero). Ela é branca ou transparente, não tem cheiro ruim e a quantidade pode variar muito de mulher para mulher, costumando aumentar no período fértil, nos dias mais quentes e com a excitação sexual. Por isso, nem sempre o corrimento vaginal é uma DST.
O que pode causar um corrimento anormal?
Infecção por bactérias , vírus e fungos;
Aumento ou diminuição dos hormônios;
Uso de vestuário inadequado ou absorvente fora do período menstrual;
Falta de higiene e/ou excesso de higiene no local;
Irritação, alergia;
Stress (cansaço), fatores emocionais.
Quais os sintomas?
Corrimento amarelado, acinzentado ou esverdeado, mau cheiro (especialmente após a relação sexual ou menstruação), queimação ou ardor, dor na relação sexual, coceira.
Como se faz o diagnóstico?
Através de exame da secreção vaginal pelo/a ginecologista.
Quais São as Causas do Corrimento Vaginal?
Com o aumento das roupas sintéticas, lycra, por exemplo, que impede a respiração do corpo, enfim a ventilação dos órgãos, aumentaram consideravelmente os casos de corrimento vaginal. Quando não há transpiração, vemos a glândula abafada, como se estivesse usando uma máscara, com aumento da secreção sebácea. Segundo a ginecologista e obstetra Marilía Winkler, no início, a calcinha servia como uma proteção contra os tecidos que eram em couro ou brim duro. As mulheres, antigamente usavam calcinhas de bombachas grandes. Paulatinamente passaram a ficar menores, até encostarem-se à saída vaginal.
Logo depois, explica a Dra. Marília, surgiu a lingerie em forma de lycra ou renda e os grandes problemas começaram. "Eu costumo indicar o uso de calcinhas de algodão, pois as fibras permitem uma ventilação melhor", explica ela. Seria uma poluição não ambiental, e sim de vestuário. Outro fator importante é a utilização de amaciantes, ou sabonetes perfumados ou até o uso papel higiênico perfumado, que são elementos irritantes. Evitar o uso de toalhas ou roupas íntimas de outras pessoas é recomendável, bem como secar bem todo o corpo depois do banho. Ainda há mulheres que insistem em fazer a higiene de forma errada, pois o indicado é limpar da vulva até o ânus e não ao contrário.
Os Tipos de Secreções da Mulher
A mulher possui uma secreção que se modifica conforme o ciclo menstrual. No meio do ciclo observa-se uma secreção mais gelatinosa, que corresponde à época da ovulação. Antes da menstruação ela se torna mais leitosa e espessa e corresponde ao aumento da fase pré-menstrual. Essas secreções são cíclicas, se mantém de uma maneira única, mas quando começa a acontecer uma irritação, as bactérias, que são habitantes costumeiras das áreas úmidas, se prevalecem dessa situação.
Sintomas da Contaminação
Depois de contaminado o tecido, começa a coçar, ou produzir uma dor mais forte. Muito embora o corrimento não se resuma só nisso, há vários fatores, como o stress que libera substâncias que permitem o aparecimento de fungos. A própria gravidez facilita a chegada dos fungos. O fungo, explica a Dra. Marília, provoca uma coceira desesperadora, e o corrimento é abundante como uma coalhada, embora haja dor nas mulheres que não tem sintoma nem de um nem de outro. Tem gente que tem a secreção contínua sem agentes bacterianos.
Candidíase ou Monilíase Vaginal
Dos mais irritantes corrimentos, pois provoca muco espesso, tipo nata de leite e, geralmente, a candidíase ou monilíase vaginal é acompanhada de coceira ou irritação intensa. Cândida é o fungo que provoca a candidíase, uma micose. A cândida aparece em organismos com baixa imunológica ou quando a resistência vaginal está diminuída. Entre os fatores determinantes estão: o uso de antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica e medicamentos como anticoncepcionais e corticóides.
Às vezes o parceiro aparece com pequenas manchas vermelhas no pênis. O tratamento é com antimicóticos. Esse fungo é encontrado no estômago, intestino, pele, boca (sapinho) e na mucosa da vagina. Cerca de 90% das mulheres podem ser infectadas pela cândida pelo menos uma vez.
Esse tipo de fungo costuma aparecer uma semana antes do fluxo menstrual.
Trichomonas Vaginalis
O Trichomonas vaginalis é um corrimento adquirido sexualmente através das relações sexuais ou em contato íntimo com a pessoa contaminada. O diagnóstico é feito através de exames clínicos. No tratamento devem ser usados antibióticos e quimioterápicos, além de ser obrigatório que o parceiro se trate também.
Papiloma Vírus
O HPV ou Papiloma Vírus se aloja na vagina, na vulva ou no colo do útero. Na vulva a doença é conhecida por condiloma genital ou crista de galo; na vagina e colo do útero aparecem lesões microscópicas que só são identificadas através de exames clínicos. O grande problema é que determinados tipos de vírus têm uma associação entre o papiloma vírus e o câncer do colo do útero. No diagnóstico é utilizado o teste de Papanicolaou ou colposcopia e também a biópsia da área suspeita. Outros exames são capazes de identificar quais são os vírus e se são cancerígenos.
Outros Tipos de Corrimento Vaginal
Além dos citados existem outros tipos de corrimentos originados por causas das mais diversas. A Vaginite atrófica ocorre por falta de hormônio, especialmente na menopausa. Mas há também a Vaginite atrófica por falta de hormônio no parto ou durante a amamentação. A vaginite irritante pode ser provocada por camisinha, diafragma, cremes diversos ou absorvente interno ou externo. Outro tipo bem comum é a vaginite alérgica provocada por calcinhas de nylon ou outros tecidos sintéticos; além de roupas apertadas como jeans e meias calças. As vulvites são inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causados por papel higiênico colorido ou perfumados, sabonetes cremosos, xampus e condicionadores, roupa lavada com sabão em pó ou amaciantes.
As lavagens freqüentes não são aconselháveis, pois aumentam a inflamação pélvica. Os tratamentos antibacterianos podem ser complementados com cremes e gelatinas que aumentam a acidez das secreções e, assim, evitam o desenvolvimento de bactérias. No caso de vaginite atrófica, que ocorre na pós-menopausa, é utilizado tratamento com progesterona, pois pode ocorrer estreitamento do canal vaginal. Para a Dra. Amarílis Winkler a melhor maneira de estar prevenida contra as doenças vaginais é mudar certos hábitos. "Caso seja alérgico", acrescenta ela, "vamos mudar hábitos alimentares e de vestuário, a situação modifica-se e dessa forma há melhora perene; não devemos só ficar tratando das doenças. Os corrimentos por doenças sexuais transmissíveis demandam um tratamento que envolverá o outro membro do casal".