sábado, 27 de março de 2010

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um flavivírus que é transmitido através do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A doença não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de uma pessoa doente para uma sadia, a não ser que um mosquito pique o doente e após a picada leve o vírus à pessoa sadia picando-a.

Após a transmissão do vírus ocorre o chamado período de incubação que dura aproximadamente sete dias sem a manifestação de nenhum sintoma. Após tal período, o indivíduo inicia um processo sintomático apresentando: febre alta, mal-estar, cansaço, hemorragias, vômitos, dor de cabeça, problemas no fígado e rins, dor muscular, calafrios, diarréia, icterícia e problemas cardíacos em casos mais graves.

Para detectar a doença, é necessária a realização de exames em laboratório já que seus sintomas são semelhantes à de outras doenças. Felizmente existe a vacina contra a febre amarela que é tomada aos nove meses de idade e tem validade de dez anos, data em que se deve tomar o reforço. É importante tomar o reforço caso não tenha lembrança da última vacinação e ainda se houver deslocamento para áreas de maior risco de transmissão.

O tratamento para a doença consiste apenas em hidratar o organismo, amenizar a febre e ainda realizar transfusões sanguíneas e hemodiálise quando o indivíduo apresentar comprometimento dos rins e do fígado. É extremamente importante não ingerir medicamentos que apresentem ácido acetilsalicílico em sua composição, pois esse acentua a atividade antiplaquetária provocando maior chance de hemorragias.

Hepatite A

O que é Hepatite A

Trata-se de uma doença aguda causada pelo vírus da Hepatite A. A doença é bastante comum em todo o mundo, sendo que nas classes sociais menos favorecidas a incidência é maior na primeira década de vida e nas mais favorecidas incide mais na idade adulta.

Formas de Transmissão

De acordo com a Dra. Myriam Santos Almeida, médica especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias, a transmissão se dá, primariamente, via fecal-oral através do contato direto com pessoas infectadas eliminando o vírus nas fezes ou através da ingestão de água e alimentos contaminados. Para a médica, crianças menores têm um papel muito importante na transmissão porque a infecção nelas, geralmente, não causa sintomas ou passa despercebida e elas podem eliminar o vírus nas fezes por período de tempo mais prolongado que os adultos.

O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus. A principal forma de transmissão do vírus é de uma pessoa para outra. Especialistas do CIVES (Centro de Informação em Saúde para Viajantes) também afirmam que a transmissão é comum entre crianças que ainda não tenham aprendido noções de higiene, e entre pessoas que residem juntas ou que sejam parceiros sexuais de pessoas infectadas.

Segundo o Dr. Fernando S. Martins, do CIVES, aproximadamente dez dias depois de uma pessoa ser infectada, o vírus passa a ser eliminado nas fezes, o que ocorre por três semanas. O período de maior risco de transmissão é de uma a duas semanas antes do aparecimento dos sintomas.

O consumo de frutos do mar, como mariscos crus ou inadequadamente cozidos, está particularmente associado com a transmissão, uma vez que esses organismos concentram o vírus por filtrarem grandes volumes de água contaminada.

A transmissão através de transfusões, uso compartilhado de seringas e agulhas contaminadas é pouco comum, ao contrário das infecções pelo HIV e pelo vírus da hepatite B.

Conseqüências

Segundo a Dra Myriam, a infecção em crianças pequenas e bebês, na maioria das vezes, não produz sintomas ou produz um quadro de doença inespecífico. Entretanto, em adolescentes e adultos, freqüentemente, a doença produz febre, mal estar, falta de apetite, desconforto abdominal, urina escura e icterícia. Os sintomas, geralmente, duram menos que dois meses, mas de 10 a 15% das pessoas que os apresentam têm a doença prolongada ou recidivante por até seis meses. Especialistas destacam que Hepatite fulminante é rara e não há infecção crônica. Convém destacar que cerca de 70% das crianças, menores de seis anos, não apresentam sintomas.

Segundo informações da Dra. Denise Vigo Potsch e do Dr. Fernando S. Martins, do CIVES, a Hepatite A pode gerar inflamação e necrose do fígado. Eles esclarecem que uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença, contudo a infecção confere imunidade permanente contra a doença.

Para o Dr. Fernando, além dos sintomas citados, é comum a aversão acentuada à fumaça de cigarros. Após alguns dias, pode surgir icterícia em cerca de 25% das crianças e 60% dos adultos. As fezes podem então ficar amarelo-esbranquiçadas e a urina de cor avermelhada. Em geral quando a pessoa fica ictérica, a febre desaparece, há diminuição dos sintomas e o risco de transmissão do vírus torna-se mínimo. Em crianças, a icterícia desaparece em 8 a 11 dias, e nos adultos em 2 a quatro semanas, esclarece o Dr. Fernando.

A evolução da doença em geral não ultrapassa dois meses. Em cerca de 15% das pessoas, as manifestações podem persistir de forma discreta por até seis meses, com eventual reaparecimento dos sintomas. A recuperação é completa, o vírus é totalmente eliminado do organismo. A letalidade, segundo os especialistas, considerando-se todos os casos é cerca de 0,3%. Em adultos a evolução grave é mais comum, e o número de óbitos pode chegar a 2% em pessoas com mais de 40 anos.

Tratamento

Segundo a Dra. Ana M. Gaspar, do Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz, a Hepatite A não tem tratamento específico. As medidas terapêuticas visam reduzir o incômodo dos sintomas. No período inicial da doença pode ser indicado repouso relativo, e a volta às atividades deve ser gradual. As bebidas alcoólicas devem ser abolidas. Os alimentos podem ser ingeridos de acordo com o apetite e a aceitação da pessoa, não havendo necessidade de dietas.

Saúde Pública

Para médicos da área, nos países em desenvolvimento, onde os investimentos em saneamento básico não constituem prioridade, a infecção é comum em crianças, e a maioria dos adultos é, conseqüentemente, imune à doença. Em países desenvolvidos, ocorre episodicamente e, por esse motivo, grande parte da população adulta é suscetível à infecção. Esse padrão tende a ser semelhante nas classes socio-economicamente mais privilegiadas dos países em desenvolvimento, como o Brasil.

De acordo com a Dra. Denise Vigo, a Austrália, o Canadá, a Escandinávia, a Nova Zelândia, o Japão e a maioria dos países da Europa Ocidental, são áreas de risco relativamente baixo. Nos Estados Unidos o risco é considerado intermediário. Estima-se que a cada ano ocorram cerca 200 mil casos da infecção. Cerca de um terço da população americana tem evidência sorológica de ter sido infectada pelo vírus em alguma época da vida. O Brasil tem risco elevado para a aquisição da doença, pois as condições de saneamento básico são precárias.

Em 1997, o Ministério da Saúde registrou 808 casos de Hepatite. Apenas o município do Rio de Janeiro computava um total de 57 casos, número que passou a 321 em 1999, a maioria entre pessoas com menos de 15 anos. Todavia, os estudos de prevalência na população brasileira, realizado através de exames sorológicos, demonstram uma redução dos índices. A prevalência está em torno de 65%, enquanto chega a 81% no México e a 89% na República Dominicana. Os índices brasileiros chegam a 95% nas populações mais pobres e a 20% nas populações de classe média e alta, de acordo com o CIVES.

Segundo os especialistas, é importante que seja feita a notificação dos casos da doença aos centros médicos de saúde da região. Assim podem ser adotadas medidas que diminuam o risco de disseminação da doença para a população.

Prevenção

Por se tratar de uma doença com formas bastante claras de transmissão, a Hepatite A pode ser prevenida através de saneamento básico e higiene pessoal. O uso de vacinas para controle da doença e possibilidade de erradicação do vírus pode ser útil. Médicos destacam que no Brasil existem duas vacinas licenciadas contra Hepatite A: Havrix® e Vaqta®. As duas vacinas são bastante eficientes e apresentam poucas reações adversas. De acordo com informações do CIVES, as vacinas estão no mercado brasileiro desde 1995, mas seu custo é elevado.

Um mês após a primeira dose, as vacinas produzem mais de 95% de imunidade nos adultos, e 97% em adolescentes e crianças acima de dois anos. As vacinas estão liberadas para aplicação a partir dos dois anos de idade, uma vez que a eficácia e segurança abaixo dessa faixa etária ainda não foram adequadamente avaliadas. Especialistas esclarecem que a aplicação é intramuscular, feita em duas doses com intervalo de seis meses entre cada uma. Os dados disponíveis sugerem que a imunidade conferida pela vacina seja superior a dez anos.

Médicos sugerem que a Hepatite A pode ser evitada através da utilização de água clorada ou fervida e o consumo de alimentos cozidos, preparados na hora do consumo. Além disso, lavar as mãos com água e sabão antes das refeições e evitar o consumo de bebidas e qualquer tipo de alimento adquiridos com ambulantes, nas ruas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

ESCOLIOSE

A coluna, vista por detrás deve ser "recta", sendo a escoliose uma deformação da coluna na qual ela desvia para um dos lados.

Por vezes existem desvios da coluna que se devem a maus hábitos posturais a que se dá o nome de atitude escoliótica.

A atitude escoliótica é corrigida corrigindo a postura e os maus hábitos posturais.

O que é a escoliose?

A escoliose é um desvio tridimensional (nas três dimensões) da coluna o que significa que a coluna para além de desviar para um dos lados também faz rotação e inclinação.

Mas, o que salta à vista é o desvio ou desvios laterais da coluna pois é frequente existir mais do que um desvio da coluna. Por norma um dos desvios é o problema sendo o outra a compensação mas nem sempre é assim.

Causas da escoliose?

Inúmeras vezes não se conhecem as causas ou razões da escoliose e nesses casos diz-se que a escoliose é idiopática ou seja não tem causas conhecidas.

No entanto podem existir muitas causas como veremos em causas e tratamento.

Em que idade ela aparece?

A escoliose pode "aparecer" em qualquer idade mas ela acentua-se com o crescimento ou seja desenvolve-se ou aumenta com o crescimento e com as más posturas, sendo muitas das vezes as más posturas uma boa indicação de que algo não está bem com o corpo.

As escolioses podem aparecer:

• No bebé,
• Na infância,
• Na adolescência,
• No adulto
• E ou no idoso.
Cada uma delas tem as suas próprias causas ou origens pelo que em todas estas fases da vida da pessoa se deve ter atenção para o estado da sua coluna.

Como verificar se tudo está bem?

Com a pessoa ou criança em pé e olhando por detrás pode-se perceber se existe ou não rectidão da coluna.

Se a coluna fizer um desvio, é possível que exista uma escoliose ou outro problema que precise de ser corrigido.

Da mesma forma, olhando por detrás e pedindo à pessoa ou criança para se inclinar (dobrar) para a frente:

•Ver se as costas estão de nível ou se um dos lados está mais elevado do que o outro ou
•Um ombro ou área do ombro (ou área toraxica) está mais elevado do que o outro
•Ou mesmo se a bacia ou zona lombar fica mais elevada de um lado do que do outro.
Outros sinais que podem mostrar que algo não está bem são:

•Um ombro mais alto do que o outro quando em pé.
•Uma perna mais curta ou que dá essa ideia. Frequentemente vê-se no comprimento das pernas das calças onde uma precisa de mais baínha do que a outra ou em que as calças junto aos pés não ficam ao mesmo nível.
•As posturas quer em pé quer sentado podem ser sempre erradas e para o mesmo lado.
Quem detecta a escoliose?

Por norma cabe sempre aos pais, aos professores (sobretudo os de educação física) a observação da coluna e das posturas da criança ou pessoa em causa e encaminhar para alguém que possa avaliar a situação, muitas das vezes o ortopedista.

Após a avaliação pelo médico e sempre que exista escoliose (mesmo que pequena e "sem importância") há que recorrer a alguém que possa corrigir eficazmente o problema.

Como corrigir?

A nível médico as soluções passam pelo uso de coletes ou mesmo pelo uso da cirurgia nos casos mais avançados ou que não reagem ao uso do colete.

Escusado será dizer que a cirurgia é sempre um método invasivo e que deveria ser evitado sempre que possível.

Quanto ao colete, para além do desconforto que ele provoca, pode ser causa de problemas emocionais sobretudo em crianças e adolescentes que se podem sentir inferiores devido ao seu uso.

Infelizmente como muitos pais que já passaram por este problema já sabem, o colete pouco ou nada faz.

Ou seja acaba por não resolver nada e ainda provoca demasiado sofrimento quer a quem o usa quer aos diversos elementos familiares.

A nível de fisioterapia podem-se usar várias abordagens para ajudar a corrigir a escoliose.

A natação é também um bom método uma vez que proporciona relaxamento, alongamento e fortalecimento musculares o que pode ser uma mais valia.

Outras abordagens podem incluir massagem, osteopatia, quiroprática, e muitas outras abordagens ou terapias.

Escusado será dizer que há que saber quais as causas da escoliose e corrigir essas causas. Para isso há que saber que soluções usar para as causas que existentes pois podendo as causas ser muitas, também as soluções podem ser muitas.

Estas soluções são as correntes mas que pelos fracos resultados ou resultados lentos têm sido muito neglicenciadas pela comunidade médica e pelas pessoas que se cansam de verem poucos resultados ou se cansam do tempo que levam para os obter.

Hoje no entanto existem soluções muito mais rápidas e eficazes e é desta forma que a Libertação Miofascial e outras dão muito boas respostas neste e noutros problemas. Veja mais acerca da escoliose.

Nota: Devido ao seu toque suave estas terapias estão indicadas para todas as pessoas incluindo crianças e recém nascidos.

Câncer

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).


O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.

Fatores de risco de natureza ambiental

Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).

As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

Tabagismo
Hábitos Alimentares
Alcoolismo
Hábitos Sexuais
Medicamentos
Fatores Ocupacionais
Radiação solar

Hereditariedade
São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros.

10 dicas para a redução dos fatores de risco

Como surge o câncer?

As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.

Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.

Por Silvane Soares

Tratamento natural para ovarite

Ovarite é a inflamação dos ovários, aguda ou crônica, sempre associada a salpingite( inframação da trompa). Deve-se, pois, falar em salpingo- ovarite.

Geralmente, são causadas por estreptococos, estafilococos, bacilos dos grupo coli e os gonococos.

A estrutura do ovário é uma das mais resistentes e, dada sua localização de difícil acesso aos germes patogênicos, torna-se raro o aparecimento de uma inflamação.

A endometriose, que é a presença de glândulas ou estiomas de endomêtrio em lugares estranhos, atinge com freqüência o ovário, o que o torna suscetível a inflamações.

Tratamento através de remédios naturais:

■Tomar ½ copo duplo de usco de chicoria em jejum.
■Substituir uma refeição diaria por melão, exclusivamente, de preferencia o desjejum, durante um ou dois meses.(O melão produz um efeito dissolvente e anti-oxidante sobre o sangue que se acumula nos ovarios, e tende a cicratizar os vasos sanguineos de uma forma natural.
■Fazer cha de cavalinha e tanchagem. Dose: tres colheres, das de sopa, das plantas picads para um litro de agua, de 2 a 3 xicaras ao dia.
■Tomar cha de mil-em-rama e dente-de-leão. Dose: tres colheres, das de sopa, de plantas picadas para um litro de agua, de 2 a 3 xicaras ao dia.
■Preparar cha de agoniada. Dose: duas colheres, das de sopa, de plantas picadas para 750 ml de agua, de uma a duas xicaras ao dia.
■Fazer banho quente de assento e banho genital.
■Usar cataplasma de argila no abdome por 2 horas ao dia.

Por Silvane Soares

Úlceras de pressão


A ÚLCERA DE PRESSÃO é uma área localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado de tempo.
Outros termos freqüentemente usados são úlceras de decúbito, escara, escara de decúbito porém, por ser a pressão o agente principal para a sua formação, recomenda-se a adoção do termo – úlcera de pressão (UP).
O termo escara deve ser utilizado para designar a parte necrótica ou crosta da ferida e não como seu sinônimo.
As localizações mais comuns das úlceras de pressão são a região sacral e os calcâneos. Ao redor de 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na área pélvica ou abaixo. . Classificação da ÚLCERA DE PRESSÃO:

A úlcera é classificada do estágio I ao IV em referência a profundidade de comprometimento tecidual e não a gravidade da lesão.
Estágios da Úlcera de Pressão

Estágio 1
É um eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da pressão. Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos.

Estágio 2
É uma perda parcial da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa.

Estágio 3
É uma perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular. A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda.

Estágio 4
É uma perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição ou necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas

Escara
É o termo que antigamente era atribuídocomo sinônimo de úlcera de pressão porém inadequado pois, representa a crosta ou camada de tecido necrótico que pode estar cobrindo a lesão em estágios mais avançados. Só após o desbridamento é que o estágio desta úlcera pode ser identificado de acordo com a profundidade ou grau de comprometimento dos tecidos.

A classificação das úlceras em estágios é uma parte da avaliação. É importante avaliar a presença de inflamação/infecção, endurecimento e isquemia.
As úlceras de pressão não devem ser classificadas na ordem reversa como forma de avaliar a cicatrização. As úlceras de estágio IV não se transformam em estágio III, II ou I até cicatrizarem. A cicatrização ocorrerá às custas de tecido de granulação, por segunda intenção

Causas
A pressão nos tecidos é examinada em relação a três fatores, considerando a etiologia das úlceras:
1- Intensidade da Pressão
a) A pressão capilar desempenha um importante papel. É reportado que a pressão capilar no final arterial seja de 30 a 40 mmHg, de 10 a 14 mmHg no final venoso e de 25 mmHg na porção média do capilar.
2- Duração da Pressão
a) É um fator importante que precisa ser considerado em associação com a intensidade da pressão.
b) Existe um relacionamento inverso entre a duração e a intensidade da pressão para a criação da isquemia tecidual. Os danos podem ocorrer com:
1. Pressão de baixa intensidade durante um longo período de tempo.
2. Pressão de intensidade elevada durante um curto período de tempo.
3- Tolerância Tecidual
a) A tolerância tecidual é o terceiro fator que determina o efeito patológico do excesso de pressão e é influenciada pela capacidade da pele e estruturas subjacentes em trabalharem juntas para redistribuir a carga imposta no tecido.
b) A isquemia tecidual profunda pode ocorrer sem a manifestação cutânea.
c) A tolerância tecidual é influenciada por vários fatores:
1. Cisalhamento – é causado pela combinação da gravidade e fricção. Exerce uma força paralela à pele e resulta da gravidade que empurra o corpo para baixo e da fricção ou resistência entre o paciente e a superfície de suporte. Quando a cabeceira da cama é elevada, a pele adere-se ao leito mas o esqueleto empurra o corpo para baixo. Os vasos sanguíneos são esticados ou acotovelados dificultando ou interrompendo o fluxo sanguíneo. O cisalhamento causa a maior parte do dano observado nas úlceras de pressão.
2. Fricção – Se sua ação for isolada, a sua capacidade de danos está restrita a epiderme e derme. Resulta em uma lesão semelhante a uma queimadura leve. Ocorre com maior freqüência em pacientes agitados. A forma mais grave de dano por fricção ocorre associada ao cisalhamento.
3. Umidade – altera a resistência da epiderme para forças externas.
4. Déficit nutricional – a alteração da nutrição pode afetar o desenvolvimento da úlcera de pressão pois a hipoalbuminemia altera a pressão oncótica e causa a formação de edema. A difusão de oxigênio no tecido edemaciado fica comprometida. Há uma diminuição da resistência a infecção devido ao efeito no sistema imunológico. A anemia também afeta o transporte de oxigênio. As deficiências de vitaminas A, C e E também podem contribuir para o desenvolvimento da úlcera de pressão devido ao papel que estas vitaminas tem na síntese do colágeno, imunidade e integridade epitelial.

Outros fatores importantes no desenvolvimento da úlcera de pressão:

A. Idade avançada – muitas mudanças ocorrem com o envelhecimento e incluem: achatamento da junção entre a derme e epiderme; menor troca de nutrientes, menor resistência a força de cisalhamento, diminuição da capacidade de redistribuir a carga mecânica da pressão.
B. Baixa pressão sangüínea – a hipotensão pode desviar o sangue da pele para órgãos vitais. As pressões geralmente consideradas são pressão sistólica abaixo de 100 mmHg e diastólica abaixo de 60 mmHg. Capilares podem ocluir-se com pressões menores.
C. Estado psicológico – Motivação, energia emocional e estresse são considerados. O cortisol pode ser um fator para uma baixa tolerância tecidual.
D. Fumo
E. Temperatura corporal elevada – pode estar relacionada ao aumento da demanda de oxigênio em tecidos com anóxia.
F. Procedimentos cirúrgicos com duração de 4 horas ou mais.
G. Incontinência urinária ou fecal.
H. Vários diagnósticos: paralisia, lesão de medula espinhal, câncer, problemas ortopédicos, doença vascular, doença neurológica, diabetes.

Tratamento

1) Quatro princípios precisam ser considerados no tratamento local das úlceras de pressão:
a) Aliviar ou eliminar a fonte ou a causa da úlcera de pressão – é importante explorar as razões pelas quais o paciente desenvolveu a úlcera de pressão. A movimentação não foi suficiente? O paciente não se movimentou para aliviar a pressão ou não mudou a posição? A técnica de transferência foi inadequada o que levou o paciente a se machucar na cadeira? Que tipo de superfície de suporte seja colchão ou almofada estava sendo usado?
b) Otimizar o micro-ambiente – a ferida precisa ser avaliada de maneira apropriada e a melhor terapia tópica selecionada para permitir a cicatrização. A documentação da avaliação e do tratamento precisa ser feita adequadamente para permitir a avaliação do cuidado e para determinar se as mudanças são necessárias. Tecido necrótico geralmente é removido por um dos métodos de debridamento existentes.
c) Apoio ao paciente com feridas – o paciente precisa ser avaliado e monitorado quanto a nutrição adequada. Infecções locais e sistêmicas precisam ser controladas ou eliminadas. A ferida que não cicatriza, está infectada ou com exposição óssea, precisa ser investigada quanto a presença de osteomielite. As úlceras de pressão estão associadas com presença de dor. Os pacientes precisam ser avaliados quanto a presença de dor e as medidas para alívio da dor precisam ser implementadas. A qualidade de vida do paciente precisa ser considerada.
d) Fornecimento de educação – a educação deve ser fornecida para os funcionários, pacientes e familiares

Analgésicos podem reduzir os riscos de câncer, aponta estudo.


Diversos estudos têm sugerido que a aspirina e outros analgésicos podem proteger contra câncer de mama e de ovário. E uma nova pesquisa publicada na revista científica Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention pode ajudar a explicar os mecanismos envolvidos nessa proteção. De acordo com os autores, em mulheres na pós-menopausa, os analgésicos reduzem os níveis de estrógenos - hormônios femininos associados a alguns tipos de câncer.
Os pesquisadores relatam que um estudo da Universidade de Columbia com 3 mil mulheres - entre aquelas com câncer de mama e sem a doença - indicou uma redução de 20% no risco de câncer de mama entre aquelas que tomavam aspirina regulamente. Seguindo a mesma linha, outra pesquisa, que avaliou dados de 4 mil mulheres no ano passado, mostrou que o medicamento pode reduzir a recorrência e a disseminação da doença, além dos riscos de morte, em mulheres que já tiveram câncer de mama.
Na nova análise - que incluiu 740 mulheres que já haviam passado pela menopausa-, os cientistas notaram que aquelas que relataram o uso de aspirina, outras drogas anti-inflamatórias não-esteroides, ou tylenol por pelo menos 15 dias no mês no período entre 1988 e 1990 apresentavam níveis de estrógeno de13% a 15% menores do que aquelas que não usavam esses medicamentos. De acordo com os autores, isso poderia ajudar a explicar a relação entre o uso de analgésicos e um menor risco de alguns cânceres.
Os especialistas destacam, porém, que a associação deve ser confirmada por outros estudos antes que esses medicamentos sejam recomendados para a prevenção do câncer, principalmente por causa da possibilidade de os riscos serem maiores do que os potenciais benefícios (a aspirina é associada a possíveis sangramentos no trato gastrointestinal, e o tylenol, a problemas no fígado). “Um teste randomizado que meça diretamente o impacto do uso de analgésicos poderia ser útil”, concluiu a pesquisadora Margaret A. Gates.

Fonte:http://blogboasaude.zip.net/
Por: Silvane Soares

Cigarro e gravidez: duas coisas que não combinam

"O tabagismo tem sido considerado e comprovado como um grande fator de risco para problemas durante a gravidez. Aproximadamente, 25% a 40% das mulheres fumantes que engravidam tentam parar de fumar durante a gravidez. O texto que se segue refere-se a tais questões, expondo resultados de estudos médicos com diferentes grupos de gestantes acompanhadas durante e após a gravidez. A dificuldade em abandonar o vício. Uma luta que necessita de acompanhamento médico e psicológico

Abandonar o Tabagismo, Uma Tarefa Difícil

Num estudo feito com gestantes da Nova Escócia desenvolvido pela Dra. Susan A. Kirkland do Departamento de Saúde Pública e Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Halifax, acompanhou-se cerca de 8.500 mulheres durante a gravidez, registrando-se a presença de tabagismo, quantidade de cigarros consumidos por dia e época de utilização dos mesmos durante a gravidez. O objetivo do estudo foi documentar o comportamento das mulheres em relação ao hábito juntamente com a gravidez.

Dentre todas as mulheres, 69% continuaram fumando durante a gravidez, 8,4% estavam fumando na primeira consulta de pré-natal, mas pararam de fumar por volta da época do parto. Cerca de 13% cessaram o hábito antes mesmo da primeira consulta de pré-natal e não voltaram nem no final da gravidez. Entretanto, estima-se que cerca de 25% das mulheres não relataram a verdade sobre seu hábito o que torna tal avaliação de difícil controle. Cerca de 21% das fumantes conseguiram abstinência quando na época do parto o que foi uma estimativa menor do que a esperada através dos números de abstinência antes da primeira consulta.

Recém-Nascidos com Baixo Peso ao Nascer

Um outro estudo realizado pelo Dr. Lieberman E. e colaboradores da Faculdade de Medicina de Harvard, tentou demonstrar não só a associação do tabagismo com o baixo peso ao nascimento, mas também em qual época da gravidez, essa exposição irá refletir com maior gravidade no peso final do bebê.

Assim sendo, foram divididos vários grupos de gestantes de acordo com o hábito tabágico: não fumantes; fumantes durante toda a gravidez; fumantes durante somente o primeiro trimestre; fumantes durante o primeiro e segundo trimestres; fumantes durante os segundo e terceiro trimestres ou fumantes somente no terceiro trimestre.

As mulheres que pararam de fumar antes do terceiro trimestre não tiveram o risco aumentado de terem seus filhos com baixo peso ao nascimento quando comparadas com as mulheres não fumantes. Aquelas mulheres que fumaram durante os segundo e/ou terceiro trimestres tiveram um risco igual àquelas que fumaram durante toda a gravidez. Outro fator de importância foi que o risco aumentou de acordo com o número de cigarros fumados no terceiro trimestre. Assim sendo, é durante o terceiro trimestre, a fase onde o fumo mais atua como fator de diminuição do desenvolvimento fetal. Isso possibilita uma ampla abordagem a nível de acompanhamento pré-natal no intuito de se tentar a abstinência pelo menos no último trimestre. Mesmo assim, os programas não podem se restringir ao aconselhamento sobre a abstinência somente nessa fase da gravidez.

Parto Pré-Maturo

Outro efeito importante do cigarro na gravidez é o aumento do risco de parto antes da hora, ou seja, o bebê nasce sem estar ainda completamente desenvolvido, o que pode levar a graves complicações, principalmente respiratórias.

Um estudo realizado pelo Dr. Mainous AG e colaboradores, da Universidade de Kentucky - EUA, observou a influência do cigarro no parto pré-maturo. O objetivo foi a verificação de diferentes momentos de abstinência durante a gestação e a incidência de partos pré-termo. O estudo avaliou quase 5.000 mulheres. Os aspectos avaliados foram às características do hábito tabágico, o índice de partos pré-termo e baixo peso ao nascimento. As mulheres que não fumaram durante a gravidez tiveram um risco baixo de evoluir com um trabalho de parto prematuro ou um recém-nascido com baixo peso ao nascer (risco de 5,9% contra 8,2%).

Uma associação significante ocorreu entre as fumantes e os riscos citados. Quando comparadas as gestantes que fumaram somente no primeiro trimestre com aquelas que fumaram durante toda a gravidez, as primeiras tiveram um menor risco de baixo peso ao nascer e parto pré-termo (7% contra 9%). Por isso, novamente foi demonstrado a melhora dos padrões de complicações gestacionais naquelas mulheres que deixam o cigarro ainda no primeiro trimestre de gestação.

O Papel do Aconselhamento

Uma intervenção comportamental através de um aconselhamento pré-natal demonstrou ser essa uma boa ferramenta na diminuição do índice de tabagismo em gestantes em um estudo realizado pelo Dr. Mullen PD e colaboradores, da Escola de Saúde Pública da Universidade do Texas - EUA. De acordo com esse programa realizado, as gestantes devem ter um acompanhamento personalizado para que informações e conselhos possam ser dados dentro de uma relação de confiança e troca mútua. A comparação de diversos programas desse tipo demonstrou um ótimo aproveitamento, com um índice de abstinência de 70% na população submetida aos programas.

Conclusão

Mais uma vez, está demonstrada a imensa importância do acompanhamento pré-natal. Já fundamentado há vários anos e cada vez mais rico em exames preventivos, esse acompanhamento é a única forma segura de se garantir uma gravidez mais saudável e praticamente isenta de complicações tão trágicas como a morte fetal, a perda do útero e até o óbito materno.

Além dos aspectos biológicos envolvidos como a prevenção de infecções, diabetes gestacional, hipertensão gestacional, dentre outras, a consulta de pré-natal é antes de tudo, um espaço para que a gestante possa expor suas dúvidas, suas angústias, medos, desejos e fantasias que tantas vezes podem levar a quadros de ansiedade e depressão, facilmente acalmados com uma orientação e um esclarecimento de um profissional capacitado para tal. Muitas vezes, o cigarro pode estar justamente sendo utilizado com o intuito de diminuir tais ansiedades. Um bom aconselhamento, que pode ser feito ao longo de toda gravidez, pode dessa forma, diminuir também mais esse importante fator de risco, visto que a abstinência do cigarro no terceiro trimestre já pode ser, de alguma forma, considerada como uma vitória, naquelas pacientes que têm um vício muito difícil de ser tratado.

Inflamação


A inflamaçã ou processo inflamatório é uma resposta dos organismos vivos homeotérmicos a uma agressão sofrida.
A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário, o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previamente e geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores específicos segundo seu potencial antigênico. Neste último caso o organismo precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.
À agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares mediados principalmente pela histamina. O resultado é um aumento localizado e imediato da irrigação sangüínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator de necrose tumoral e as interleucinas), quimiocinas, bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.

Classicamente, a inflamação é constituída pelos seguintes sinais e sintomas:
1.Calor; aumento da temperatura corporal no local
2.Rubor; hiperemia
3.Edema; inchaço
4.Dor;
5.Perda da função.

é possível ainda classificar a inflamação segundo algumas de suas características peculiares, tal como abaixo descrito:

1.Adesiva – inflamação na qual existe uma quantidade de fibrina que provoca a aderência entre tecidos adjacentes.
2.Alérgica – desencadeada por mecanismos alérgicos, como sucede, por exemplo, na asma e na urticária.
3.Atrófica ou Esclerosante – aquela que evolui para a organização do exsudato inflamatório de que resulta cicatrização e atrofia da região afectada.
4.Catarral – processo que é mais frequente na mucosa do aparelho respiratório mas que pode atingir outras mucosas. É caracterizada, fundamentalmente, por hiperemia dos vasos, edema tissular e secreção de muco de consistência viscosa.
5.Crupal – inflamação fibrinosa com produção de falsas membranas não diftéricas.
6.Eritematosa – inflamação congestiva da pele.
7.Estênica – forma aguda com fenômenos circulatórios e calor intensos.
8.Fibrinosa – forma exsudativa em que existe uma grande quantidade de fibrina coagulável.
9.Granulomatosa – processo crônico proliferativo com formação de tecido granuloso ou granulomas.
10.Hiperplásica ou Hipertrófica – cursa com neoformação de fibras de tecido conjuntivo.
11.Intersticial – variedade na qual a reacção inflamatória se localiza preferencialmente no estroma e no tecido conjuntivo de suporte de um órgão.
12.Necrótica – processo intenso com produção de um foco de necrose.
13.Inflamação parenquimatosa – aquela que atinge primordialmente a estrutura nobre e funcional de um tecido ou seu parênquima.
14.Proliferativa – aquela em que o aspecto mais característico é o grande número de macrófagos com neo-formação tecidual.
15.Purulenta ou Supurativa – inflamação em que se forma pús.
16.Reactiva – a forma que surge à volta de um corpo estranho.
17.Reumática – surge como resposta à existência de doenças reumatológicas, ou seja, acometendo primordialmente as articulações.
18.Serosa – aquela em que a exsudação é essencialmente serosa ou de aspecto semelhante ao soro.
19.Térmica – provocada pelo calor.
20.Tóxica – devida a uma substância tóxica ou veneno.
21.Traumática – surge como consequência de um traumatismo.

Por Silvane Soares

sexta-feira, 19 de março de 2010

Acne,Cravos e espinhas

Entenda como surge a acne, conhecida popularmente como cravos e espinhas.

A acne vulgar ou juvenil é um das doenças de pele mais comuns no mundo. Estima-se que até 85% dos adolescentes apresentem acne em algum grau. Apesar de mais comum na adolescência, até 10% das pessoas com mais de 50 anos queixam-se da presença de cravos e espinhas.

Apesar de causar poucas complicações, a acne (principalmente a acne facial) nos casos mais graves, pode causar estragos na auto-estima e na vida social dos jovens. A falta de tratamento ou tratamentos inadequados, podem deixar manchas e cicatrizes inestéticas.

Como se forma a acne?

A acne vulgar é uma doença dos folículos pilo-sebáceos. Explico:

As unidades pilo-sebáceas encontram-se logo abaixo da superfície da pele, sendo numerosas na face, nas costas e no peito. São compostas por um folículo piloso, que é da onde nascem os pêlos, e por uma glândula sebácea, responsável pela produção de sebo, um substância gordurosa responsável pela hidratação da pele

Unidade pilo-sebácea
acne - cravos e espinhas

O processo de formação da acne inicia-se quando há obstrução do canal do folículo, impedindo a drenagem do sebo para a pele. Normalmente essa obstrução se dá quando há uma grande produção de sebo associado a células mortas da pele. A junção desses dois forma uma espécie de rolha ou tampão chamado de comedão. Quando esprememos um cravo, aquela substância branca que sai com uma extremidade preta, nada mais é do que o comedão.

Durante a adolescência, o aumento dos hormônios sexuais estimula uma maior produção de sebo pelas glândulas sebáceas, favorecendo a formação de cravos.

Os comedões são excelentes meio de cultura para uma bactéria que costuma viver na superfície da nossa pele, chamada Propionibacterium acnes. A P.acne invade o folículo e se alimenta das gorduras do sebo, prolifera-se e causa infecção da unidade pilo-sebácea. A partir deste momento, não temos mais um cravo, e sim, uma espinha propriamente dita, composta pelo comedão e uma bolsa de pus ao redor.
acne - cravos e espinhas

Os pacientes com acne grave são aqueles que apresentam glândulas sebáceas hiperresponsivas aos hormônios sexuais, principalmente à testosterona.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vacina anti-H1N1


Boatos sobre vacina anti-H1N1 são 'irresponsáveis', diz Ministério da Saúde.

GRIPE A: Vacinação de gestantes, doentes crônicos e crianças de até 2 anos começa 2ª

Dados falsos sobre imunização contra nova gripe circulam por e-mail.
Vacina é 'eficaz e segura', reafirma órgão federal.

" E-mails e boatos irresponsáveis como esses ocorrem em todas as campanhas realizadas pelo mundo".

Uma avalanche de e-mails tem circulado dizendo que a vacinação contra a nova gripe pode ser uma grande conspiração para reduzir a população do planeta. A mensagem mais veiculada, dizendo que a vacina contém substâncias tóxicas, foi enviada ao G1 por dezenas de leitores.

O e-mail foi enviado ao Ministério da Saúde, que negou as informações. “Mais de 300 milhões de pessoas já foram imunizadas com essa vacina no Hemisfério Norte, sem qualquer efeito colateral grave. A vacina é eficaz, segura e protege a população”, diz o órgão federal em nota enviada ao G1. “E-mails e boatos irresponsáveis como esses ocorrem em todas as campanhas realizadas pelo mundo.”

O que é Amigdalite?

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Dor de garganta? Febre? Você pode estar curtindo uma amigdalite. Em curtas palavras, amigdalite é a infecção das amígdalas palatinas. O inverno seco e poluído em alguns lugares, contribui para o surgimento e desenvolvimento das amigdalites, que predominam entre as crianças.


As amígdalas são massas de tecido esponjoso linfóide, localizadas na parte de trás da garganta, na entrada das vias respiratórias, nos dois lados da garganta. Elas agem como filtros, ajudando a prevenir que infecções da garganta, boca e seios da face se espalhem para o resto do corpo. As amígdalas também são responsáveis pela produção de anticorpos, que ajudam a combater as infecções na garganta e no nariz. As amígdalas são muito suscetíveis à infecção. A amigdalite, portanto, é a inflamação das amígdalas.

Causas

As amigdalites pode ser tanto de origem viral quanto bacteriana, sendo que esta última pode ser facilmente identificada por apresentar pus, ou seja, aqueles pontos brancos, também conhecidos por placas. Sendo bacteriana, a doença deve ser tratada com antibióticos. As virais, no entanto, não se beneficiam deste tipo de tratamento, possuindo um ciclo próprio e necessitando apenas de medicação para alívio dos sintomas, como antitérmicos e analgésicos.

A amigdalite bacteriana é causada, principalmente, pela bactéria Streptococcus pyogenes, sendo o tipo mais perigoso das infecções de garganta. A febre que atinge os pacientes acometidos por esta bactéria pode mesmo chegar aos 40ºC e ocasionalmente podem se formar abscessos.

As crianças desenvolvem amigdalite quando enfrentam queda na resistência dos seus organismos e variações bruscas de temperatura, típicas desta época do ano.

Fatores de Risco para Amigdalite

Más condições de habitação, presença de animal doméstico na residência, exposição ao fumo e apetite diminuído são possíveis fatores que podem ajudar no desenvolvimento da amigdalite aguda ou na amigdalite de repetição, definida como 5 a 7 episódios de infecção durante o ano.

A amigdalite aguda é hoje, como também foi no passado, uma das infecções de vias aéreas de maior freqüência. Na era pré-antibiótica, a denominação de angina (do latim angere, que significa sufocar) denota bem a gravidade dos quadros clínicos e de suas complicações.

Foi nesta época que surgiu a técnica da amigdalectomia (popularmente conhecida como operação de garganta), então praticada com técnicas rudimentares de anestesia e com altos índices de complicações. Porém, com o desenvolvimento da técnica cirúrgica e dos meios de anestesia, a cirurgia difundiu-se, tornando-se até abusiva.

Após a descoberta dos antibióticos, o controle dos casos mais simples e a diminuição do número de complicações, a amigdalectomia ainda se mantinha como importante indicação, nos casos de infecções de repetição, pois pouca função se atribuía as amígdalas. No entanto, com o desenvolvimento da Imunologia, confirmou-se o envolvimento das amígdalas no processo de defesa do organismo e a dúvida sobre o efeito da cirurgia, sobre a imunidade dos pacientes, começou a ser levantada.

A presença de maior número de infecções está ligada principalmente a piores condições sócio-econômicas, como ocorre com a população pobre, que geralmente habita locais pequenos e com grande número de moradores, aliadas à presença de animais domésticos, à exposição passiva ao tabaco, e à falta de alimentação adequada das crianças, fazendo com que estes sejam os potenciais fatores de risco para o aparecimento desses quadros.

Sintomas

Além da dor e da febre, o inchaço dos gânglios (íngua), em qualquer lado do pescoço e da mandíbula, também serve como indicativo da amigdalite. Dor de ouvido, dificuldade para engolir, calafrios, dor de cabeça, hálito diferente, mudanças no paladar e no olfato, dores musculares, dor de barriga e vômitos são outros dos sintomas comumente relatados.

Complicações e Tratamento

A amigdalite, se não tratada, pode trazer algumas complicações secundárias, como febre reumática ou "reumatismo no sangue" (patologia que lesa o coração de forma grave, podendo também acometer outros órgãos e que ocorre nos casos de amigdalite bacteriana não tratada ou parcialmente tratada), surdez, problemas nos rins e no coração. A amigdalite pode levar também a casos graves, inclusive de septicemia e choque bacteriano, que correspondem a infecção do sangue.

Cirurgia e Antibióticos

A retirada das amígdalas deixa o organismo desprotegido da sua ajuda, no combate às infecções, na medida em que elas são o primeiro escudo contra as bactérias, que querem invadir o organismo. Pessoas sem amígdalas desenvolvem mais faringites. Portanto, é um procedimento que deve ser evitado ao máximo, assim como se deve evitar os excessos na administração de antibióticos, muitas vezes tomados sem a orientação médica e na dosagem errada, o que não ajuda em nada no tratamento da infecção. Como qualquer medicamento, eles provocam reações no organismo, além de favorecer ao aparecimento de bactérias resistentes, quando utilizados indiscriminadamente.

Prevenção e Tratamento.

O desconforto causado pela amigdalite, principalmente em crianças, pode ser aliviado com o gargarejo de uma solução contendo uma pitada de sal, dissolvido em meio copo de água morna. Bebidas mornas, como chás (com ou sem mel) e sopas, assim como outros alimentos macios, se forem toleráveis, ajudam a criança a manter-se alimentada, apesar da dificuldade para engolir.

Água gelada, andar descalço, tomar chuva, não trazem a doença, mas são fatores que podem produzir variações de temperatura, estabelecendo um melhor terreno para a instalação da bactéria.

Mas o fundamental é a ida ao médico, para o diagnóstico correto e a instituição de um tratamento adequado, no máximo 48 horas após o inicio dos sintomas. A amigdalite bacteriana responde muito bem ao tratamento com penicilina ou antibióticos derivados dela, ou no caso de alergias a este antibiótico, a eritromicina pode ser uma boa escolha. Outros antibióticos existem e podem ser indicados pelo medico que avalia a criança. A febre irá ceder 48 horas após o início do tratamento.

Nunca medique seu filho por conta própria. Ele pode ter crescido e assim a dose do medicamento estará fraca e isso será o mesmo que não tratar.

A amigdalite tem um alto contagio entre familiares, e só após aproximadamente 48 horas de tratamento, é que diminui este risco. Portanto o cuidado, principalmente entre irmãos, deve ser instituído, e se sintomas semelhantes aparecerem o médico deverá novamente ser consultado.

terça-feira, 16 de março de 2010

Câncer do colo do útero


No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres.
- Fatores de risco:
Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero. Os fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), maus hábitos de higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais são os principais.
- Prevenção:
O exame preventivo do câncer do colo do útero - conhecido popularmente como exame de Papanicolaou - é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer profissional da saúde treinado adequadamente, em qualquer local do país, sem a necessidade de uma infra-estrutura sofisticada. Ele consiste na coleta de material para exame na parte externa (ectocérvice) e interna (endocérvice) do colo do útero. O material coletado é afixado em lâmina de vidro, corado pelo método de Papanicolaou e, então examinado ao microscópio. A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame e não submeter-se ao exame durante o período menstrual.
- Quando fazer o preventivo?
Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. O exame deve ser feito dez ou vinte dias após a menstruação, pois a presença de sangue pode alterar o resultado. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano. Se dois exames anuais seguidos apresentarem resultado negativo para displasia ou neoplasia, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
- Sintomas do câncer do colo do útero:
Quando não se faz prevenção e o câncer do cólo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação sexual.
- Tratamento:
Só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um tratamento adequado.
Fazer o tratamento é:
só tomar remédio ou passar pomadas e cremes que forem indicados pelo serviço de saúde; - tomar a quantidade indicada e nas horas certas, até o final do tratamento. Não pare de tomar os remédios e/ou de colocar as pomadas antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas desapareçam. A doença pode ficar "escondida"; - retornar ao serviço de saúde sempre que for marcado; - manter seu exame preventivo em dia.


Fonte: BVS - Ministério da saúde

Postado por: Silvane Soares

DPOC


Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença crônica, progressiva e irreversível que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes. Ocorre com mais freqüência em homens com idade mais avançada. Pessoas que tiveram tuberculose também podem desenvolver a doença.
Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo aéreo (entrada e saída do ar), principalmente na fase expiratória, a
dispnéia (falta de ar), a hiperinsulflação dinâmica que leva ao encurtamento das fibras musculares do diafragma, fadiga muscular, insuficiência respiratória entre outros.
Os principais fatores desencadeadores do DPOC (
enfisema e bronquite crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passivo do fumo (pessoa que vive junto com o fumante), exposição à poeira por vários anos, poluição ambiental, e até fatores genéticos nos casos que se comprova a deficiência de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar (estruturas dos pulmões).

O início do tratamento do portador de DPOC é a interrupção do tabagismo. Podem ser usados antiinflamatórios,broncodilatadores e corticoides orais e inalatótios. A reabilitação pulmonar (através de uma equipe multidisciplinar) melhora a ventilação. A oxigenoterapia pode ser necessária em casos mais avançados.
Por Silvane Soares

segunda-feira, 15 de março de 2010

Recém-formada criou método de ensinar biologia a deficientes visuais. Para fazer o material didático, ela usa diversos apetrechos do dia a dia.


Em dezembro do ano passado, o Alô, Professor publicou matéria sobre a inclusão de deficientes visuais em aulas de física. O título era 'Física na ponta dos dedos', No final do texto, lançamos a questão: 'material de inclusão para cegos já existe [...]. A pergunta é – como fazer agora para incluir os educadores nessa jornada?".
Material de inclusão para cegos já existe. A pergunta é: como fazer agora para incluir os educadores nessa jornada?
Pois bem, no início deste mês de fevereiro chegou a seguinte mensagem na redação: “[...] Li a reportagem ‘Física na ponta dos dedos’ e gostaria de dar ciência que também [...] produzi um material tátil sobre 'síntese de proteínas para alunos cegos do Ensino Médio [...]'".
Soou, de certo modo, como uma resposta indireta ao nosso questionamento. Então há mais pessoas produzindo material para deficientes visuais do que pensávamos? E muito mais próximas de nós do que pensávamos... E é gente jovem. A remetente: Bianca Navarro, 28 anos, recém-formada em biologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro.

Não é coincidência que Bianca tenha estagiado no Pedro II (RJ), colégio que já desenvolve programas de inclusão, como mostramos na reportagem anterior. Por lá, Bianca tomou contato com o braile e com o ensino para cegos. Logo, estava também envolvida com o Instituto Benjamin Constant, especialista em lidar com deficientes visuais. No Instituto, ela aperfeiçoou a técnica de produzir material didático de biologia com película de PVC e matrizes que simulam organismos celulares (nesta parte, Bianca ‘brinca’ com miçangas, elásticos, linhas etc.). A impressão na película de PVC é feita e o material ganha o relevo desenhado pelas mãos e e pela criatividade de Bianca.
– A primeira vez em que entrei numa sala com cegos tomei um susto. É difícil ensinar e explicar, por exemplo, que uma substância é mais ‘concentrada’ que a outra. Estes conceitos são abstratos até mesmo para videntes, imagina para quem não vê – conta Bianca, que deu a entrevista na casa dos pais, onde mora.
A monografia de final de curso de Bianca na faculdade foi exatamente sobre o tema. A bióloga quer aprofundar no mestrado a técnica de inclusão precursora que ajudou a criar. Até então, não se trabalhava em aulas de biologia desta maneira.
– Busco contornos simples, linhas e relevos fáceis de compreender. Percebi que se o material tiver muitos detalhes, muitas informações, o aluno cego acaba se perdendo na leitura.

Bianca atualmente dá aula em uma escola na Ilha do Governador (RJ), mas ainda não conseguiu aplicar seu método inclusivo no lugar. A proposta é de que na volta às aulas – finalmente – o material seja usado. Até lá, ela afirma, diante de pais visivelmente ‘corujas’, que consegue ver a alegria dos alunos cegos quando um professor prepara uma aula voltada a eles.
– Os alunos com deficiência visual ficam muito orgulhosos e lisonjeados pelo fato de o professor ter se dado o trabalho e se dedicado para produzir um material voltado especialmente para quem não pode enxergar.
Bianca também parece ter orgulho do seu material. Dá para sentir no olhar.

Por Silvane Soares

Fonte: ciência hoje on-line

terça-feira, 9 de março de 2010

ASMA

é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)

Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:
Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório. Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada.
Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.
episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.
inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença. Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.
Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.
A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.
A asma pode ser classificada como intermitente ou persistente. Dentro dos quadros persistentes são definidos diferentes níveis de intensidade da doença: leve, moderada ou grave.
Esta classificação se faz de acordo com a presença dos sintomas (freqüência e intensidade), o quanto interfere no dia-a-dia do asmático e, o comprometimento de sua função pulmonar.
Asma Intermitente: sintomas menos de uma vez por semana; crises de curta duração (leves); sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); provas de função pulmonar normal no período entre as crises.
Asma Persistente Leve: presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; provas de função pulmonar normal no período entre as crises.
Asma Persistente Moderada: sintomas diários; as crises podem afetar as atividades diárias e o sono; presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e <> 60% do esperado.
CURIOSIDADE
A palavra asma vem do grego "asthma", que significa "sufocante", "arquejante".

publicada por Silvane Soares

sábado, 6 de março de 2010

febre amarela

febre amarela - mosquito
Aedes Aegypti: mosquito transmissor da febre amarela urbana

O que é

A febre amarela é uma importante doença que, infelizmente, faz milhares de vítimas em nosso país. É uma doença provocada por um tipo de vírus (flavivírus), encontrado em primatas não-humanos que habitam regiões de florestas. Este vírus pode ser transmitido aos seres humanos de duas formas:

- Pela pipcada da fêmea do mosquito conhecido por “Aedes Aegypti”, desde que o inseto esteja contaminado (após picar um ser humano com a doença). Esta é conhecida como febre amarela urbana.

- O segundo tipo de febre amarela é a silvestre, que ocorre através da picada do mosquito Haemagogus.

Regiões de maior incidência

Esta enfermidade ocorre principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, em função das condições climáticas favoráveis para a procriação e desenvolvimento deste tipo de mosquito. A região amazônica, por exemplo, é um importante local de disseminação da doença, pois o clima quente, as chuvas e a grande quantidade de rios facilita a reprodução deste inseto e o alastramento da doença.

Transmissão da doença

Após ser picado pelo mosquito, a pessoa contaminada começa a apresentar uma série de sintomas: febre alta (podendo chegar a 40 ou 41 graus centígrados), fortes dores de cabeça, vômitos, problemas no fígado e hemorragias.

Outras informações

O nome da doença está relacionado à cor a qual a pele da pessoa fica após contrair a doença. O doente fica com ictirícia, pois ocorre o derramamento da bilirrubina em diversos tecidos do corpo.Quando espalha-se pela corrente sanguínea, a pessoa fica com uma cor amarelada na pele e também nos olhos.

Esta doença infecciosa pode permanecer no corpo da pessoa doente por aproximadamente duas semanas. Em alguns casos, a pessoa pode morrer, em função do agravamento da doença e dos danos provocados pelo vírus no corpo e nos órgãos.

A vacina contra a febre amarela foi criada, no ano de 1937, pelo médico e virulogista sul-africano Max Theiler.

Importante: os médicos recomendam tomar esta vacina antes de viajar para as regiões norte e centro-oeste do país ou para áreas em que existem incidências desta doença.

sexta-feira, 5 de março de 2010

gonorréia


Células infectadas pela gonorréia

A gonorréia é também conhecida pelos nomes: blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, corrimento, escorrimento e pingadeira. É uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que afeta, principalmente, a uretra, tanto de homens quanto de mulheres.

Como é uma DST (doença sexualmente transmissível), a prática sexual desprevenida - inclusive anal e oral - é uma forma de transmissão. Assim, ânus e faringe podem, também, se comprometer. A probabilidade de contaminação após o relacionamento com um parceiro doente é de 90%.

Bebês correm o risco de serem infectados por suas mães, no momento do parto, apresentando danos oculares.

Algumas mulheres podem ter a doença sem, no entanto, apresentarem sintomas. Estes aparecem aproximadamente dez dias após o contato. Nestas, dores na região inferior do abdome, hemorragia e dor ao urinar podem aparecer. Nos homens, inflamação, incômodo ao urinar e secreção com pus – características semelhantes às que ocorrem quando há infecção anal. Ínguas na região da virilha podem aparecer.

Raramente, a bactéria se dissemina pela circulação sanguínea. Tal fato pode desencadear danos à epiderme, articulações, cérebro, faringe, olhos e válvulas cardíacas.

O diagnóstico é feito pela análise do histórico do paciente e exame da secreção. O tratamento é feito com o uso de antibióticos, geralmente em dose única. A penicilina deixou de ser utilizada em razão da grande resistência que as bactérias adquiriram a ela. No caso da gonorréia ocular, chamada conjuntivite gonocócica, é acrescido o uso de colírios de nitrato de prata.

Muitos postos de saúde distribuem as medicações gratuitamente.

Relações sexuais e bebidas alcoólicas devem ser evitadas neste período e por mais uma semana após o tratamento. Os parceiros de pessoas infectadas devem, também, se consultar, a fim de verificar se houve contágio.

Não tratada de forma correta, pode causar infecção dos órgãos do sistema genital, com condições de originar esterilidade.

O uso da camisinha (ou abstinência sexual) e o pré-natal são as únicas formas de evitar a gonorréia.

gastrite

- Introdução
- O que causa a gastrite?
- Quais os sintomas?
- Como se faz o diagnóstico?
- Como é feito o tratamento?
- Algumas orientações

"A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por acometimento da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Entretanto, essa resposta normal pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite."

Introdução

O estômago é um órgão de extrema importância para o processo de digestão dos alimentos. Nele, encontramos vários tipos de células com diferentes funções. Algumas produzem enzimas que ajudam na quebra dos alimentos e outras produzem ácido clorídrico, que é responsável pelo ambiente ácido característico desse órgão. Normalmente, há produção de um muco que reveste internamente a parede do estômago, protegendo as células da agressão pelo ácido.

O que causa a gastrite?

A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.

• Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.

• Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteróides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticóide por longo período também pode levar a gastrite.

• Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.

• Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.

• Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis; pode também ser causada por vírus, fungos e outros parasitas.

• Formas incomuns: são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica; a gastrite granulomatosa isolada; e a gastrite associada a outras doenças como a sarcoidose e a doença de Crohn.

• A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimados.

Quais os sintomas?

A gastrite pode ser completamente assintomática, principalmente nos casos crônicos. Na fase aguda, os sintomas são mais proeminentes. Comumente, os sintomas são:

• Desconforto na região superior do abdome: pode ser representado por dor ou apenas um desconforto. Alguns pacientes podem relatar dor em queimação; dor que melhora com a ingestão de alimentos.

• Náuseas e vômitos, geralmente acompanhando o desconforto.

• Saciedade precoce, ou seja, sensação de empachamento logo após a alimentação. Esse sintoma pode levar à redução e perda de apetite.

• Se a gastrite levar à formação de úlceras gástricas hemorrágicas, pode haver eliminação de sangue digerido, nas fezes (que ficam escuras) ou nos vômitos.

Como se faz o diagnóstico?

O médico suspeita de gastrite quando o paciente relata a presença dos sintomas listados anteriormente. O médico investiga os hábitos alimentares do paciente, uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas, se o paciente tem outras doenças já diagnosticadas. A partir daí, exames complementares podem ou não ser realizados.

Importante ressaltar que o diagnóstico de gastrite só pode ser firmado pela endoscopia digestiva alta, quando o médico visualiza a mucosa gástrica lesada e colhe fragmentos (biópsia) para exame citológico. Caso não seja realizada a endoscopia, o diagnóstico mais correto é o que chamamos de Dispepsia, que pode ser funcional ou não.

Se a causa da gastrite for evidente já na história, como por exemplo, o uso de antiinflamatórios, o médico já indica o tratamento adequado. No caso do H. pylori, a identificação da infecção pode ser feita no material obtido pela biópsia, à endoscopia, através de um teste respiratório ou exame de sangue. Se o paciente for portador dessa bactéria, o médico decidirá sobre a erradicação ou não da infecção, com base no quadro clínico do paciente.

Como é feito o tratamento?

O tratamento da gastrite é direcionado pela causa. Entretanto, alguns medicamentos são utilizados para a melhora dos sintomas enquanto se trata a causa específica. O paciente deve evitar o uso de medicamentos como a aspirina e outros antiinflamatórios não-esteróides, bebidas alcoólicas e cigarro.

O tratamento da infecção pelo H. pylori pode ser bastante difícil em alguns pacientes, e não é raro que ocorra a reinfecção. Esse tratamento não é indicado de rotina em todos os pacientes, sendo reservado para aqueles que apresentam úlcera péptica ou linfoma gástrico. Neles, o tratamento é realizado com antibióticos, medicamentos que reduzem a secreção de ácido pelo estômago e também com agentes protetores da mucosa gástrica.

Na gastrite induzida por medicamentos, geralmente a suspensão do agente suspeito leva à resolução do quadro. Associado a isso utiliza-se medicamentos para melhora sintomática. Em alguns tipos de gastrite pode ser necessário o uso de corticóide, para conter o processo inflamatório e prevenir complicações.

Nos pacientes hospitalizados, em unidade de tratamento intensivo, politraumatizados e grandes queimados, o desenvolvimento de gastrite aguda pode ser dramático. Por isso, neles, é feita a prevenção do desenvolvimento da doença, com o uso de medicamentos que reduzem a produção de ácido, pelo estômago.

Os medicamentos utilizados para melhora sintomática podem atuar melhorando o esvaziamento gástrico ou reduzindo a secreção de ácido. Os que melhoram o esvaziamento gástrico são os chamados pró-cinéticos, que reduzem a estase alimentar no estômago e auxiliam na digestão, como por exemplo, a metoclopramida e a bromoprida. A redução da secreção de ácido é eficiente para combater a dor e a azia, e pode ser feita com medicamentos de dois grupos:

• Antagonistas de receptores H2: cimetidina, ranitidina. São também usados para a prevenção da gastrite aguda nos pacientes hospitalizados.

• Inibidores da bomba de prótons: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol.

Outros medicamentos que podem ser usados, eventualmente, são os protetores da mucosa gástrica, como o sucralfato, por exemplo.

Algumas orientações

• Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de 3 horas seguidas.

• Alimentar-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.

• Evitar os famosos "fast-foods".

• Consumir bebidas alcoólicas com moderação, se possível evitar o consumo.

• Não há motivo para restrição dietética, mas se possível devem-se evitar ou reduzir a ingestão de alimentos muito gordurosos, frituras, doces concentrados, comidas muito condimentadas. Preferir refeições mais leves, de mais fácil digestão.

• O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é contra-indicado se o paciente tolera bem essas bebidas.

• Outra questão importante é o cuidado com a higiene pessoal e dos alimentos, para reduzir a transmissão de agentes infecciosos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sífilis


Doença infecciosa , causada por bactéria, transmitida por contato sexual e raramente por contaminação feto-placentária. Seis em cada 10 casos informados 6 são de homens, entre 20 e 29 anos, e principalmente homossexuais.

O primeiro sintoma é ferida dura e firme (cancro), na pele ou mucosas. O cancro pode regredir , sem deixar cicatrizes, nem cura. Se não tratado pode causar sérios danos ao SNC e coração, e até ser fatal.

Não tem predilação racial, estando associada a fatores socioeconômicos, condições higiênicas precárias, e principalmente comportamento sexual de risco.

Está dividida em 3 estágios:

1º, com aparecimento de ferida firme e dura.

2º febre baixa, sudorese, infecção crônica, manchas avermelhadas, e pode ocorrer espisódios esporádicos de erupções ulcerativas, bem como problemas oftalmológicos, renal e cardiovascular.

3º, formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas, e junta de Charcot.

O diagnóstico é laboratorial, pelo achado do Treponema, ou pela sorologia. O tratamento é feito com penicilina G.
PUBLICADO POR: Silvane Soares

Fibromialgia


A fibromialgia é caracterizada por dores no corpo todo, é uma doença comum, responsável por 15-20% to atendimentos em clinicas de reumatologia, afetando mais o sexo feminino.

Os sintomas são dores musculares, podendo estar associada a diversos outros sintomas como sensação de fadiga, sono, formigamento nas mãos e pés e diminuição da resistência aos exercícios. Pode ocorrer enxaqueca, síndrome do cólon e síndrome irritável uretral feminina.

Ainda não existe uma causa conhecida, mais a pessoa acometida tem mais sensibilidade à dor. Suspeita-se que ela seja causada por vários fatores de predisposição genética, condições ambientais como estilo de vida sedentária.

O tratamento depende da atitude que o doente toma frente a doença, e baseia-se no alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida. Como exercicios físicos e tratamento à dor.

É importante saber que não leva a incapacidade física ou deformidades nas articulações.



POSTADO POR: SILVANE SOARES